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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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Colaboração:Claude Bloc


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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

E a gente não ficou sabendo ....



13.08.2009
“A face humana da TB”, sobre a fundadora do Gaexpa, é lançado na Alerj
Fundo Global Tuberculose Brasil

Foi lançado durante audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), no dia 6 agosto, o livro “Rita, a face humana da tuberculose”. Editado pela Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado (SOPTERJ), a publicação é baseada na história de Rita Smith, uma das fundadoras do Grupo de Apoio aos Pacientes e Ex-pacientes de Tuberculose da Rocinha (Gaexpa). O lançamento fez parte da audiência promovida pela Frente Parlamentar de Luta contra Aids e Tuberculose, por ocasião do Dia de Conscientização e Mobilização contra a Tuberculose no Estado do Rio de Janeiro.


A comunidade da Rocinha registra cerca de 500 casos para 100 mil habitantes, enquanto a relação nacional é de 38 para 100 mil. Morrem por ano, no Estado, 700 pessoas vítimas da doença.


A face da tuberculose
Rita descobriu que tinha tuberculose, pela primeira vez, aos 27 anos. Onze anos depois a doença voltou com força. Como ex-paciente, hoje ela ressalta a importância do apoio e carinho recebidos pela comunidade e pela família para a superação de dificuldades no tratamento, como a falta de dinheiro para transporte e alimentação, além do descaso de alguns profissionais no atendimento.

“Este livro não é só da Rita, mas de milhões de brasileiros. Uma vez me falaram que eu não tinha mais jeito, e eu acreditei. Hoje, através dessa obra, tenho certeza que meus filhos verão que eu consegui recontar minha história. Nada disso seria possível sem vocês. Peço apenas que muitos outros tenham essa chance”, declarou ela, emocionada, ao lado dos representantes da Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro.

Para Arnaldo Noronha, secretário da SOPTERJ, a proposta do livro é abordar o contexto humano da enfermidade. Ele afirma, na introdução do livro, que “não haverá solução para o drama da tuberculose enquanto houver injustiças, social e econômica, preconceito e desatenção por parte dos agentes de transformação” .

Estigmatização da doença
Um dos principais temas abordados na obra é a questão do estigma da tuberculose. A falta de informação auxilia a reprodução e manutenção de preconceito em torno da patologia, mesmo entre os pacientes. Esse pensamento dificulta a busca pelo tratamento.
O desconhecimento, associado à precariedade de moradia, pobreza e problemas com drogas e álcool alavanca a disseminação da doença e fortalece a sequência de diagnóstico, tratamento e abandono.

Neste contexto, fundamentado na história de Rita e no seu valor para a mobilização social de controle da TB, o livro destaca a atuação dos agentes comunitários. “O agente é um mediador, um facilitador entre o individual e a comunidade e entre esta e os recursos públicos”, descreve o autor do livro, José do Vale Pinheiro Feitosa. A obra, que tem o apoio do Fórum ONG TB-RJ e do Gaexpa, tem fotos de Miguel Hijjar.

Para o presidente da Frente Parlamentar de Luta contra a Aids e a Tuberculose, Gilberto Palmares (PT-RJ), “o livro ressalta o exemplo de vários profissionais de saúde que foram solidários com a Rita”.

Surpresa com o assédio do público que lotava o auditório do Palácio Tiradentes, Rita Smith fez questão de atender a todos os pedidos de foto e assinar a todos os exemplares do livro, em cujas páginas seu exemplo de vida está agora impresso em papel e tinta."

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