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"Penetra surdamente no reino das palavras.
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Estão paralisados, mas não há desespero,
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"

(Carlos Drummond de Andrade)

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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

AS 250 CRIANÇAS DE PEDRO ESMERALDO - José do Vale Pinheiro Feitosa

Vamos por partes para não criar problemas de conjunto. Numa destas viagens freqüentes entre o nordeste e o sudeste, tivemos a companhia de uma mãe com duas crianças com destino a Belém. Ela vinha da Alemanha, era casada e criava os filhos na fronteira com a Dinamarca. Na verdade o marido morava na Alemanha, mas trabalhava na Dinamarca e tinha direito de educar os filhos neste país.

O casal optara por educar os filhos numa escola dinamarquesa, ao invés da alemã, dado a relação professor aluno. Na Dinamarca cada sala de aula tinha seis a oito alunos, enquanto na Alemanha isso era mais que o dobro. Eles viam nesta concentração por sala uma vantagem relativa em termos de aprendizagem.

No Brasil esta questão foi objeto de aprovação na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, definindo que o número máximo de alunos em turmas do ensino médio e dos quatro últimos anos do ensino fundamental não pode ultrapassar 35 alunos por turma. Já este número para os primeiros cinco anos do ensino fundamental seria limitado a 25 alunos.

Por qual razão abordo o assunto? É que houve uma abordagem salutar não desta questão especificamente, mas sobre o quantitativo de alunos necessários para a existência de uma escola. Salutar por que o assunto foi provocado pelo Pedro Esmeraldo em face do fechamento da escola Maria Amélia. E como tal foi respondido pelo Prefeito Samuel Araripe pelo menos no Blog do Cariri Agora por uma postagem do Dihelson Mendonça.

A primeira questão é que, democraticamente, o Prefeito do Crato ofereceu à sociedade uma visão de sua gestão de qual seja a viabilidade da existência de uma escola em termos do tamanho de alunos. Segundo o prefeito o próprio FUNDEB criou esta espécie de paradigma, qual seja uma escola não pode ter menos de 500 alunos sobre pena dr “ficar inviabilizada por conta da estrutura. Então, quanto mais alunos, melhor. Essa lei do FUNDEB é uma lei perfeita, então quanto mais alunos, mais recursos aquela escola recebe, e conseqüentemente, melhor estrutura.”

Isso é importante pela oportunidade dos munícipes levantar uma série de questões para a administração municipal. A primeira e mais básica é que não cabe ao cidadão a responsabilidade para encher uma escola com alunos como solicitou, politicamente, o prefeito a Pedro Esmeraldo. Este assunto é da gestão pública, mas cabe, como foi o caso, explicar por que a fechou e não a reabrirá.

A segunda questão é que permite levantar contradições, com base na realidade da ocupação territorial da população no município do Crato e confrontá-la contra o paradigma oriundo da forma de distribuição dos recursos do FUNDEB. Isso é particularmente verdade para comunidades pequenas, em que não se tenham quinhentas crianças ou mesmo as 250 pedidas para Pedrinho “gerar”. Qual será a política da prefeitura nestes casos: condução escolar, concentração territorial de alunos etc.?

Enfim Pedro Esmeraldo e Samuel Araripe abriram um debate salutar e cabe à sociedade desdobrá-lo com toda capacidade de argumentação e espírito público que se espera da construção de um futuro melhor para a cidade e seus cidadãos.

2 comentários:

Unknown disse...

Bem, votei em Samuel Araripe nas eleições de 2008. Votei nele pq realmente nos seus primeiros 4 anos ele fez um bom governo. Porém nesse último mandato, o cara NÃO fez nada, nada de concurso público, uma vergonha. Quem perde é ele q se tivesse continuado o trabalho que fez nos primeiros 4 anos, teria grandes chances de se candidatar ou ter se candidato a Deputado Federal(que é o seu sonho). Mas vamos voltar para o presente, Samuel Araripe perdeu bastante o carisma que as pessoas do Crato sentiam por ele, tanto é q pesquisas aprovam q apenas 35% dos Cratenses consideram seu governo Ótimo/Bom/Regular. e 65% consideram seu governo Ruim/Péssimo. Provavelmente o candidato que o Dihelson Mendonça tanto idolatra, o atual prefeito, não conseguirá eleger o seu candidato de chapa nas próximas eleições. Lembrando que o Crato tem atualmente 83.000 eleitores e daqui a 2 anos provavelmente esse número passe de 86 mil eleitores.

Carlos Marcelo Vegrini Duarte

Unknown disse...

Outra coisa, Dihelson Mendonça está fazendo com que inúmeras pessoas do Crato se revoltem com o prefeito, pelo fato dele encobrir todos as críticas ao S.Araripe no seu BLOG! Sempre discute com pessoas que fazem críticas construtivas, parece coisa de criança mimada! JÁ o chamaram até de genérico do prefeito, e que fazia tudo isso por 1 salário mínimo. A que pontos o ser humano chega?! Por isso que digo todos os dias para meus filhos pequenos, estudem pra não depender de política e de ninguém. Política chega e vai embora, e o estudo, uma faculdade bem feita, nao se vai, e sim, FICA! Carlos Marcelo Vegrini Duarte