Homem-poeta, Amado Nervo foi um apaixonado pela vida, e de tanto amá-la aprendeu a despedir-se dela. Morrer era apenas um passo para unir-se ao infinito.
Esse foi Amado Nervo, o depositário de versos que nos acompanham agora e que se convertem em poemas atemporais... São o grito de um homem, de um poeta que soltou seu eco pela eternidade. .
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Si nadie sabe ni por qué reímos
Ni por qué lloramos;
Si nadie sabe ni por qué vinimos
Ni por qué nos vamos;
Si en un mar de tinieblas nos movemos,
Si todo es noche en rededor y arcano,
¡a lo menos amemos!
¡Quizás no sea en vano!
Um comentário:
Boa postagem Claude!
Amado Nervo (pseudônimo de Juan Crisóstomo Ruiz de Nervo) nasceu em Tepic, Nayarit (México) em 27 de agosto de 1870 e faleceu em Montividéu (Uruguai) em 24 de maio de 1919. Além de grande poeta, ele foi também educador, jornalista e Embaixador do México na Argentina e no Uruguai.
Dele, a poesia que mais me encante é “Em Paz”.
Apresento abaixo uma tradução livre de “Em Paz” feita por mim, mas que pode ser melhorada. A ver:
Bem perto do meu ocaso, eu te bendido ó vida
Porque nunca me deste esperança falida,
Nem trabalhos injustos, nem penas imerecidas.
Porque vejo que ao final do meu áspero caminho
Que fui o arquiteto do meu próprio destino:
Quando tirei o mel e o fel das coisas
Foi porque nelas pus fel ou mel.
Quando plantei roseiras, colhi sempre rosas.
É verdade: a minha altivez vai se seguir o inverno,
Mas tu nunca disseste que o maio era eterno!
Achei, sem dúvida, longas as noites de minhas penas.
Mas tu não me prometeste somente noites tranquilas
E em troca tive algumas plenamente serenas.
Amei, fui amado, o sol acaricicou meu rosto.
Vida, nada me deves! Vida estamos em paz!
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