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"

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sexta-feira, 29 de julho de 2011

A Urca será federalizada? - Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Há poucos dias, o competente escritor e historiador Armando Rafael escreveu em sua coluna semanal: "Dilma Rousseff cria a Universidade Federal do Cariri. Juazeiro do Norte, justificadamente, fica com a sede por dois motivos: é a cidade onde está localizado o maior campus da UFC (na 3ª fase de expansão, enquanto o de Ciências Agrárias, em Crato, sequer foi concluído) e o campus que detém o maior número de cursos em funcionamento. Meses depois, a Urca é encampada pela Universidade Federal do Cariri. Crato fica com o Campus do Pimenta como prêmio de consolação..."

Mas está claro que a federalização da URCA é a vontade do Sr. Governador. Há a desculpa esfarrapada de que um Estado pobre como o Ceará não possui condições de manter três universidades.

Seria bom que se verifique a veracidade de alguns comentários que circularam pela cidade quando da criação da URCA, há quase vinte e cinco anos. Como todos sabem, a URCA somente foi viável pela cessão feita pela Diocese do Crato do acervo, cursos, prédios, bibliotecas, e outros bens que pertenciam à nossa diocese. A condição estabelecida naquela oportunidade pelo então Bispo Dom Vicente Matos era de que a doação do acervo estaria condicionada à sede da URCA (Reitoria) e muitos dos seus cursos ficarem no Crato.

Gostaria que o amigo Armando verificasse esse detalhe, consultando nos registros da Diocese, se o contrato de encampação realmente possui essa cláusula. Acredito que o padre Gonçalo poderá esclarecer sua existência. Se assim for, eis aí um ponto de apoio para os cratenses lutarem para que nossa terra não venha mais uma vez ser derrotada em suas pretensões. É importante que todos os cratense vistam a camisa do Crato e entrem logo em campo para que tal objetivo seja alcançado.

Por Carlos Eduardo Esmeraldo

3 comentários:

Armando Rafael disse...

Caro amigo Carlos Eduardo:
Você tem razão.
Constaram, de fato, nesta cidade – nos anos 80 – comentários de que para a cessão do patrimônio da antiga Faculdade de Filosofia do Crato (para possibilitar a criação da Universidade Regional do Cariri), uma exigência fora feita pela Diocese de Crato: a de que esta indicaria sempre o vice-reitor da novel instituição.
Mas, ao que parece, foi uma exigência verbal. Não constou em nenhum documento escrito. Nem foi publicado no Diário Oficial do Estado do Ceará.
Noutras palavras: a exigência do Bispo Diocesano (se realmente existiu) já foi desrespeitada quando o governador Tasso Jereissati nomeou a professora Violeta Arraes como terceira reitora da Urca, pois naquela ocasião, ao invés de homologar monsenhor Gonçalo Farias Filho como vice-reitor, o governador nomeou para o cargo o professor Plácido Cidade Nuvens. Ou seja, prevaleceu, para a escolha, critérios, digamos, “políticos-administrativos”(?).
Com sua experiência de vida você sabe o modus operandi dos acordos políticos no nosso Brasil...
Aliás, até o general Charles de Gaulle já dizia: “Os “tratados” só servem para serem rasgados”. Imagine então o que significaria um simples pedido verbal, feito por uma pessoa de bem, humilde e de boa fé, como era Dom Vicente Matos...

fernando siebra disse...

juazeiro nunca moveu um prego para a criaçao da urca, agora vem esse governador made in sobral, mais uma vez para prejudicar o crato. nao podemos tolerar, esse sujeito fazer o que bem entender com o crato. minha tia teresa siebra, foi uma das idealizadoras do urca, aa mais de 50 anos, juntamente com outros cratenses ilustres. ateh quando iremos tolerar a truculencia desse cidadao.

Zé NIlton disse...

Caro Carlos Esmeraldo.
Você tem usado a palavra "cessão" com relação à passagem do patrimônio da Fundação Pe. Ibiapina para o sistema de ensino superior do Estado. Na verdade nada se cedeu. A Faculdade de Filosofia de Crato, com todo o seu espaço edificado, seu acervo bibliográfico, todos os bens ali existente, inclusive nós, professores, foram vendidos ao Estado.
Martins Filho conta em algum lugar que as transações ali realizadas foram feitas em over night que eram operações de troca de dinheiro por um dia, para resgate no primeiro dia útil seguinte. Isto fala da tamanha era a avidez de um grupo da Diocese que não queria vender seu patrimônio, e só o fez pela força de muitos professores, da sociedade sob a maestria firme e forte da professora Maria Sarah Esmeraldo Cabral.
Essa história está por vir à tona. Aguardemos.