POEMA - BEIRA DE ESTRADA
Claude Bloc
Quando escrevo, solto poemas
Deixo meus versos largados
na beira dessas estradas
onde passo, onde ando
onde debruço a vida
onde caminho descalça
pelas soleiras da lida
pelas soleiras da lida
pela poeira dourada.
.
.
Quando escrevo,
enrosco palavras
esculpidas pelo vento,
nesse verde, nesse campo
esculpidas pelo vento,
nesse verde, nesse campo
nessa serra entalhada
nos sonhos, na madrugada.
Talvez, - quem sabe - eu tenha
dado os passos (in)certos,
e talvez (re)encontre um dia
e talvez (re)encontre um dia
os momentos que vivi.
Talvez eu recupere as cores,
nos velhos poemas que eu fiz
Talvez eu perca nas curvas
Talvez eu recupere as cores,
nos velhos poemas que eu fiz
Talvez eu perca nas curvas
os poemas que não quis.
Quando escrevo, me abrigo
nos poemas mais insólitos
que deixei pelas estradas
para atravessar o tempo
sem mais tempo, sem mais nada...
Poema de toda hora
Poema - beira de estrada.
4 comentários:
Menina.... menina....
Adorei tudo!
As fotografias estão belíssimas, como é lindo o nosso Cariri.
Os versos como sempre cheios de saudades.
Parabéns pelo presente de final de semana.
Beijo!
Obrigada, menina,
São todos caminhos por onde passei...
Abraço,
Claude
Lindo!
Poema cheio de emoção
De saudade, de paixão
De imagens tão belas
Capazes de representar o indizível,
O subjetivo, a vida...
Tornando suas, as minhas palavras.
Parabéns! Viajei...
Eu e Deus no sertão...
Beijão!
Na beira da estrada está a paisagem - a beleza, a poesia, a vida.
Lindo. Gostei.
Um grande abraço, Claude.
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