Em mostras e bienais de arte contemporânea sempre escuto: Não entendo, ou, é hermético ou, esse cara tá gozando com nossa inteligência e poraí vai.
Muitas vezes, as pessoas não se deixam relaxar para apreciar e descobrir os novos achados dos artistas. A ideia sempre foi, na verdade, o mais importante, quando se aprecia uma obra de arte. Quando os impressionistas usaram pontos e traços na construção de uma composição, eles causaram grande estranhamento nos circulos artisticos da época (1800). Van Gogh e suas perspectivas, aparentemente loucas, somadas às cores fortes, não era levado a sério.
Depois surgiram muitos movimentos artísticos no mundo e, na década de sessenta, em Nova York, despontaram novos artistas como Andy Waholl, usando materiais variados e nunca antes usados, como latas e outros objetos, o que trouxe para o mundo da arte uma abertura e entendimento maiores.
Hoje, as obras desses artistas valem muito dinheiro e não se discute seu valor artístico.
Nos ateliês, nacionais ou internacionais, nós artistas, construímos a nossa obra observando o mundo e o que está acontecendo nele. As ideias surgem a partir daí e da ousadia de lança-las sem medo de não ser compreendído, pois só assim as mudanças acontecem.
Construí a minha, passando por varias fases. Estas fases foram da figura humana e paisagens (comecei muito cedo), passando pelo abstracionismo, e hoje estou exercendo minha liberdade de criar sem me preocupar com rótulos.
Na foto que ilustra este artigo, uma composição feita com portas de geladeira , embalagens de queijo do reino ( tinha fascínio pela sua beleza quando criança) e imãs. Essa obra pode ter sua composição modificada se forem alteradas as posições das embalagens de queijo nas pranchas.
Sua interação com o espectador, que tem o poder de modificá-la, é seu grande trunfo.
Pedro Ernesto de Alencar
Um comentário:
Pedro Ernesto,
Seja muito bem vindo ao Cariricaturas.
FELIZ NATAL !
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