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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

JULIO SARAIVA LEÃO - Por J. Lindemberg de Aquino

Julio Saraiva Leão era filho de Salviano Saraiva Leão e Isabel Pereira de Alencar Saraiva Leão. Nasceu em Crato aos 30 de Maio de 1895 e faleceu em 24 de Maio de 1971.
Casou-se com Maria  dos Passos Arraes, dois filhos, Salviano Arraes Saraiva, ator e fotógrafo, falecido; e Maria Telma Arraes Saraiva que lhe herdou o foto e é a mais requisitada fotógrafa do Crato e do Cariri.
Muito se teria a dizer sobre a extraordinária personalidade de Julio Saraiva. Ninguém o suplantou em amor e dedicação à cidade do Crato. Desde os 10 anos de idade ingressou no trabalho, sendo Ourives, naquela idade. Músico, tocava 3 instrumentos de sopro, participou e foi Diretor da Banda de Música do Crato; pintor e desenhista e fotógrafo.  Retratou as mais diversas figuras da sociedade cratense e até o Rei do Cangaço, Lampião.
Estudou até cursar a Escola Técnica de Arquitetura e Urbanismo, em Fortaleza, fez-se autodidata em outras profissões. Projetou e construiu praças na cidade. Montou a grande Exposição do Centenário do Crato. Ajardinou as praças e arborizou as ruas. Foi responsável pelas 2 fontes das praças ; da escultura da Mãe ´Dágua; do obelisco da praça Juarez Távora; da coluna da hora; do zoológico no Parque Municipal. Deixou pronta a planta de um elevador que ligaria a parte baixa do Crato ao Alto do Seminário.  Como bom entendedor de urbanismo, colaborou com todos os prefeitos, sem  partido político, a começar por Alexandre Arraes e fez verdadeira revolução urbanística no Crato. Implantou a primeira amplificadora da Região, fábrica de mosaicos, fábrica de colorau, fábrica de fósforos e Beneficiamento de arroz. Trabalhou nos reservatórios de destribuição de água e no Canal do Rio Granjeiro; no traçado de ruas e praças deixando em cada canto do Crato um pedaço seu.
Boêmio inveterado e incorrigível, era dono da noite, varando as madrugadas. Galhofeiro, piadista, a cidade guarda de memória centenas de suas piadas. Ajudou muito ao teatro amador. Conhecia profundamente a Natureza e o comportamento dos homens.  Se dizia ateu, mas tinha  as melhores relações com padres e freiras.
Se um dia a cidade construir o Elevador do Seminário, se fará justiça plena dando a ele o seu nome. Nome que já está no Largo ajardinado em frente à Prefeitura. Homenagem ainda modesta para o grande cidadão que soube ser.

Fonte : escritos oferecidos a Julio Saraiva pelo autor


2 comentários:

Armando Rafael disse...

J.Lindemberg de Aquino foi muito feliz neste resumo sobre a trajetória de Júlio Saraiva.

Edilma disse...

Armando,

Achei de bom tom postar esta biografia de meu avô Julio Saraiva já que postei o texto da urbanização das praças. Seria interessante para aqueles leitores que não o conheceu.
Estes escritos foram oferecidos à família antes de serem publicados no Livro Roteiro das Ruas do Crato para uma correção, acho que por isso seja um pouco mais longo.
Um grande abraço!