Genealogia é o estudo da origem e evolução das famílias. Normalmente, quem escreve aborda a própria família e todo mundo gosta de falar bem dos seus e é comum trabalhos da espécie omitir dados negativos e ressaltar feitos enobrecedores. Padre Neri Feitosa no entanto, fugiu à regra. Vejam como descreve o núcleo familiar de um seu Tio, que chamaremos apenas de “Major”, casado com uma sobrinha:
- Antônio era mouco e tinha uma fala diferente, por um só lado da boca;
- Rosita, além de feia, era “pisca e banguela. Usava superpostos uns dentes incisivos superiores de ouro, em forma de malhos e isto a deformava mais ainda;
- Zezinho, era excepcional, naquela época dizia-se mesmo “retardado”;
- Edith, era muito pequena, magra e sem beleza feminina...;
- Mundinha, era franzina como os pais e tinha boa configuração física, mas mostrava extravagâncias nas atitudes, revelando falha mental;
- Rosita casou com Antônio B..., de Juazeiro, que todos chamavam Antônio Doido. Quase cego, no dia do casamento olhou a noiva bem de perto e disse: “Eu casei com a Mundinha”! O Major falou: “Não! Você me pediu Rosita e se casou com a Rosita”! Ele disse: “É, eu fico com este diabo mesmo”.
A brochura do Padre Neri “A grande Família Bezerra de Menezes” me foi gentilmente cedida pelo meu amigo e vizinho Francisco (Chico) Callou.
Joaquim Pinheiro
2 comentários:
Joaquim,
Conte-nos mais sobre a linhagem do Cariri.
Conte-nos todos os "causos " do seu repertório de memórias.
Parabéns pelo texto bem humorado !
Abraços
Joaquim,
Há quem se incomode com a força e o prestígio dos "clãs" do Crato. Mas fazer o que se eles existem? Como apagar a história de um lugar?
Abraço ao nosso anjo da guarda.
Claude
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