Padre Gomes e o Río de la Plata...
Padre Antonio Gomes de Araújo. Meu professor e um dos maiores historiadores do Ceará, da escola de Capistrano de Abreu. Batina negra, com larga faixa a esconder um 38 duplo, segundo as más línguas. Temido – não só dos alunos – , um dia, em plena aula, caiu da cadeira. Ninguém ousou mexer-se. De súbito, levanta-se, aponta o indicador e sentencia:
-Agora, podem rir!
Numa de suas aulas, a temível inquirição, feita sempre de surpresa.
- Quem foi o descobridor do Rio da Prata?
Apesar de bom aluno de sua matéria, não sabia responder.
De pronto, um colega sopra:
-Juan Diaz Solis!
Salvei-me e nunca mais esqueci Juan Diaz Solis.
Às margens de Colonia del Sacramento, Uruguai, relembro o episódio.
E saboreio as Cronicas del Rio de La Plata, seleção e prólogo de Horacio Jorge Becco, publicadas pela Ayacucho, excelente biblioteca on line do governo bolivariano da Venezuela. E ali está o relato de Francisco Lopez de Gomara (1511-1560), “cronista da Índias”, que nunca esteve por estes lados, mas ouviu de outros os relatos que escreveu, entre os quais “o da empresa de conquista do Rio da Prata, em que o navegante Juan Diasz Solis encontrara uma terrível morte nas mãos dos índios no ano 1516”...
Padre Antonio Gomes de Araújo. Meu professor e um dos maiores historiadores do Ceará, da escola de Capistrano de Abreu. Batina negra, com larga faixa a esconder um 38 duplo, segundo as más línguas. Temido – não só dos alunos – , um dia, em plena aula, caiu da cadeira. Ninguém ousou mexer-se. De súbito, levanta-se, aponta o indicador e sentencia:
-Agora, podem rir!
Numa de suas aulas, a temível inquirição, feita sempre de surpresa.
- Quem foi o descobridor do Rio da Prata?
Apesar de bom aluno de sua matéria, não sabia responder.
De pronto, um colega sopra:
-Juan Diaz Solis!
Salvei-me e nunca mais esqueci Juan Diaz Solis.
Às margens de Colonia del Sacramento, Uruguai, relembro o episódio.
E saboreio as Cronicas del Rio de La Plata, seleção e prólogo de Horacio Jorge Becco, publicadas pela Ayacucho, excelente biblioteca on line do governo bolivariano da Venezuela. E ali está o relato de Francisco Lopez de Gomara (1511-1560), “cronista da Índias”, que nunca esteve por estes lados, mas ouviu de outros os relatos que escreveu, entre os quais “o da empresa de conquista do Rio da Prata, em que o navegante Juan Diasz Solis encontrara uma terrível morte nas mãos dos índios no ano 1516”...
3 comentários:
Pe.Gomes é o Historiador !
Rezemos na sua cartilha .
Curioso e engraçado o texto.
A gente fica querendo mais causos do Everardo, e das coisas do Crato.
Por conta da sua lembrança fui buscar Ana Cecília na Bahia. Você viu ? Ela é ótima !
Postei uma reverência à Dona Almina , inspirada também no seu poema : As Tias.
(Precisamos postar o poema.)
Obrigada , Everardo,pela intensa colaboração que temos recebido de você. Já nesse breve tempo. imprescindível, doravante !
Um abraço.
Everardo,
Desculpe-me pela escassez de comentários meus. Estive em Assaré por estes dias visitando os Braga Brilhante. Encantei-me com a cidade e com as pessoas do lugar. Sorridentes e hospitaleiras.
Quanto aos seus textos, li-os todos. Seu estilo nos empolga e nos enche olhos e lembranças de imagens hodiernas entretecidas com as de outrora. São recortes da história onde nos pomos de uma forma ou de outra pelas suas mãos.
Grata pela colaboração preciosa no blog.
Abraço,
Claude
Everardo,
Este inteireza do ser que mistura a pulsação dos dias com as memórias da palavra escrita. Salvo engano foi Platão (ou este citando Sócrates) quem criticou a escrita pois esta facilitaria o esquecimento da memória. O Everado acaba de resolver, pelo menos em parte, este problema: há um nexo entre as aulas vivas do Padre Gomes e o texto recém lido. Se bem que o Padre Gomes era um escrito atarefado.
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