Todos sabemos das dificuldades de falarmos dos nossos. Ou de quem somos. A cultura do anti-nepotismo nos inibe e ficamos ansiosos que outros façam para que por efeito adverso as nossas declarações não se reduzam à obviedade. Eis o motivo de ter ficado muito satisfeito com uma postagem que a Socorro Moreira fez de uma das minhas mães.
Não é figura de linguagem e ou metáfora. Por circunstância como me dei por gente tive alguns pais e mais de uma mãe. De uma delas falou a Socorro e por zelo, me resguardei. Uma mãe no sentido de gerar pessoas e muitos não sabem, no afã de vangloriar a alma como o oposto, ainda não entenderam que “matéria” se origina da mesma raiz da palavra mãe – mater.
Mas hoje um irmão, da mesma mãe, alertou-me para o acorde. Qualquer deles em tom maior. E como é fácil achar esta mãe na ordem do alfabeto: ALMINA. Almina que tem Alencar, Arraes e Pinheiro num só verso. Das irmãs desta mãe tive duas tias Aldinha e Anilda e uma outra um pouco mais assim com uma mistura de fortes ligações em que só os irmãos se conhecem: Laís. Um dia este mesmo irmão deu-me o alerta que ela estaria aqui no Rio precisando ajuda: cumpri o alerta. Acompanhei cada passo dela em curso do que vamos, deste o momento em que leu no meu rosto e comentou: estou mal ele não conseguiu esconder no rosto.
Maria Alice era parte, mãe do Alfredo e da Maria José e se acrescentarmos Dr. Alfredinho já disse tudo. Violeta eu posso falar muito e vou logo parando por aqui, pois esta era amiga mesmo. No sentido real das amizades que junta deste os primeiros minutos quando ela nasceu e vai continuar até os meus últimos minutos. Mas Almina, que é um múltiplo de César, Edite, Joaquim, Zé, Amélia, Tonho e Bida. Aliás, é um coletivo, pois no metabolismo desta mãe tem a política, a justiça social e a capacidade de pronunciar a palavra nos conflitos quando muitos evitam.
Não posso compreender a vida sem esta mulher que pinta, mobiliza e navega na internet feito estes jovens twitados. Tem a apostilha que meio mundo quer. Mas tem a pintura, quando ela mostrou-me pela primeira vez, não era apenas a ilusão da perspectiva e nem das luzes pelo contraste de cores. Havia na pintura uma espécie de arquétipo, que a minha mente entendia não como uma casa determinada, mas como a “casa em si”. Isso não é pouco: uma das grandes questões da pintura é exatamente este achado, mesmo quando se decompõe em estéticas tão distintas. Aliás, o cubismo, que é esdrúxulo para a estrutura neoclássica, também só era efetivamente achado quando atingia esta região arquetípica da mente.
Como existe certa singularidade entre mãe e filhos, o que mais me anima neste momento, é compreender Almina como um ser independente e construindo a parte que lhe cabe neste mundo. Como um ser para ser admirado e respeitado além da sua natureza de mãe.
Não é figura de linguagem e ou metáfora. Por circunstância como me dei por gente tive alguns pais e mais de uma mãe. De uma delas falou a Socorro e por zelo, me resguardei. Uma mãe no sentido de gerar pessoas e muitos não sabem, no afã de vangloriar a alma como o oposto, ainda não entenderam que “matéria” se origina da mesma raiz da palavra mãe – mater.
Mas hoje um irmão, da mesma mãe, alertou-me para o acorde. Qualquer deles em tom maior. E como é fácil achar esta mãe na ordem do alfabeto: ALMINA. Almina que tem Alencar, Arraes e Pinheiro num só verso. Das irmãs desta mãe tive duas tias Aldinha e Anilda e uma outra um pouco mais assim com uma mistura de fortes ligações em que só os irmãos se conhecem: Laís. Um dia este mesmo irmão deu-me o alerta que ela estaria aqui no Rio precisando ajuda: cumpri o alerta. Acompanhei cada passo dela em curso do que vamos, deste o momento em que leu no meu rosto e comentou: estou mal ele não conseguiu esconder no rosto.
Maria Alice era parte, mãe do Alfredo e da Maria José e se acrescentarmos Dr. Alfredinho já disse tudo. Violeta eu posso falar muito e vou logo parando por aqui, pois esta era amiga mesmo. No sentido real das amizades que junta deste os primeiros minutos quando ela nasceu e vai continuar até os meus últimos minutos. Mas Almina, que é um múltiplo de César, Edite, Joaquim, Zé, Amélia, Tonho e Bida. Aliás, é um coletivo, pois no metabolismo desta mãe tem a política, a justiça social e a capacidade de pronunciar a palavra nos conflitos quando muitos evitam.
Não posso compreender a vida sem esta mulher que pinta, mobiliza e navega na internet feito estes jovens twitados. Tem a apostilha que meio mundo quer. Mas tem a pintura, quando ela mostrou-me pela primeira vez, não era apenas a ilusão da perspectiva e nem das luzes pelo contraste de cores. Havia na pintura uma espécie de arquétipo, que a minha mente entendia não como uma casa determinada, mas como a “casa em si”. Isso não é pouco: uma das grandes questões da pintura é exatamente este achado, mesmo quando se decompõe em estéticas tão distintas. Aliás, o cubismo, que é esdrúxulo para a estrutura neoclássica, também só era efetivamente achado quando atingia esta região arquetípica da mente.
Como existe certa singularidade entre mãe e filhos, o que mais me anima neste momento, é compreender Almina como um ser independente e construindo a parte que lhe cabe neste mundo. Como um ser para ser admirado e respeitado além da sua natureza de mãe.
3 comentários:
Já dei as minhas boas vindas aos leitores e escritores. O fato de não comentar todas as postagens não significa que não foram lidas e apreciadas. Mas esta foi demais. Demais ainda é pouco , quando se trata de Dona Almina Arraes. Um anjo de luz acesa , na Rua Dr. João Pessoa.
Obrigada Zé do Vale, pelo prazer de ler você.
Dedé, Poucas leituras me comoveram tanto como esta. Valeu! Muito obrigado pela parte que me toca.
Estive com Dona Almina nesses dias de julho. Ela havia ido visitar Socorro juntamente com Joaquim e lhe prometi o retorno da visita.
Fui no dia seguinte. Cheguei lá e a casa onde outrora estudei com Maria Edite tantas vezes, acolheu minha antiga timidez no sorriso plácido e sincero de Dona Almina. Mostrou-nos orgulhosa e serena o original de sua apostila de informática, com os desenhos representativos de cada periférico do computador.
Vi também suas telas de cores ternas e claras. A casa, o lar sempre em foco como uma declaração de amor eterno. Pois sim, ali está o epicentro dessa família linda que povoou desde pequena meu universo afetivo e minha admiração.
E é toda esta atividade, esse arbítrio sobre o tempo, essa força e amor à vida que fazem de Dona Almina essa pessoa de pura luz. Esse anjo que passeia pela terra transbordando amor ao próximo.
Dona Almina é, pois, um exemplo para aqueles que fraquejam e acham que o tempo emperrou.
Por isso, entendo você Zé do Vale. Seu amor por ela vai além dos laços de sangue. Dona Almina representa realmente a imagem da mãe que todos gostariam de ter.
Abraços a você, mas que se estendem mais longamente a Dona Almina.
Claude
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