Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Salvatore Quasimodo - Literatura Estrangeira


Poeta, tradutor e crítico italiano (20/8/1901-14/6/1968). Prêmio Nobel de Literatura de 1959. Nasce na Sicília, filho de um ferroviário, e inicia seus estudos na cidade de Siracusa. Forma-se matemático em Palermo e, mais tarde, conclui o curso de engenharia em Roma. Ganha a vida como engenheiro e funcionário público nos dez anos seguintes e escreve poesia nas horas vagas até 1935, quando abandona a carreira para ensinar literatura italiana em Milão.
Seus primeiros poemas, publicados em um jornal literário de Florença, revelam sua ligação com os poetas herméticos Giuseppe Ungaretti e Eugenio Montale. São versos curtos, de estilo sofisticado, sobre temas pessoais próprios do intimismo dos poetas herméticos.
Com a publicação da primeira coletânea de poesias Águas e Terras (1930), assume gradativamente a liderança dessa tendência literária até os anos 40. Sua fase hermética termina com o final da II Guerra Mundial e a publicação de Dia Após Dia (1947). A partir daí, detém-se sobre as injustiças do regime fascista e os horrores do conflito mundial. Publica A Terra Incomparável (1958), Toda Poesia (1960) e O Dar e o Ter (1966).
Quasimodo é responsável também por traduções para o italiano de escritores clássicos, como Sófocles e Eurípedes, Catulo, Ovídio e Virgílio, e contemporâneos, como o norte-americano E.E. Cummings e o chileno Pablo Neruda.



BASTA UM DIA PARA
EQUILIBRAR O MUNDO

A inteligência a morte o sonho
negam a esperança. Nesta noite
em Brasov, nos Cárpatos, entre árvores
não minhas, busco no tempo
uma mulher de amor. O mormaço estala
as folhas dos álamos e eu
me digo palavras que não conheço,
derramo terras de memória.
Um jazz escuro, canções italianas
passam tombadas sobre a cor das íris.
No rangido das fontes
se perdeu tua voz:
basta um dia para equilibrar o mundo.

BASTA UN GIORNO
A EQUILIBRARE IL MONDO

L’intelligenza la morte il sogno
negano la speranza. In questa notte
a Brasov nei Carpazi, fra alberi
non miei cerco nel tempo
una donna d’amore. L’afa spacca
le foglie dei pioppi ed io
mi dico parole che non conosco,
rovescio terre di memoria.
Un jazz buio, canzoni italiane
passano capovolte sul colore degli iris.
Nello scroscio delle fontane
s’è perduta la tua voce:
basta un giorno a equilibrare il mondo.

Ver texto integral em:
http://www.cronopios.com.br/site/poesia.asp?id=3924

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