
A Piazza San Marco, num final de tarde torna-se barulhenta e povoada pelos artistas, marchands, jornalistas, curadores e turistas que se aproximam da entrada do Museu Correr. O que se vê no meio ao frio da Europa é um espetáculo presente no desfile dos casacos, chapéus, penteados, gravatas, botas e perfumes misturados a roupas surradas, e sapatos velhos dos apreciadores de Arte do mundo inteiro.Os artistas não são dfíceis de serem identificados, trafegam em grupos, cumprindo todo o circuito dos pavilhões. Se vê de tudo. As obras do alemão Anselm Keifer, do tcheca Ivan Kafta e dos brasileiros Waldetário Caldas e Jac leirner. O Brasil é um tradicional participante e um velho conhecido dos venezianos. Marchands vendem, artistas procuram novidades, colecionadores são paparicados e os diretores de museus, cortejados. Trocamos sorrisos e cartões com e-mails a cada dez metros, entre frases que chegam até comentários casuais. Tudo pode ser dito, sem ferir a verdade sôbre a exposição, que um aspecto temático e amplo, caiba.
Veneza! É ela mesma moldada em Arte. Labirinto infindável do engenho humano. Grandes e pequenos canais com cristais resulentes nos espelhos dágua. Ali, mostras de Arte, por mais perfeitas que sejam, estão sempre condenadas a coadjuvantes de uma cidade única, monumental, que resiste altivamente aos intempérieis do tempo.
Edilma Rocha
2 comentários:
Edilma, reconheci tua alma , misturada com a alma de veneza, na tua tela. E preciso conheceer veneza? Contada por ti, a gente economiza sonhos e euros, ou fica com vontade de correr pra cumprimentá-la, e dizer : Já nos conhecemos. Edilma falou de você.
Beijo, minha amiga.
Socorro,
Bela interpretação da minha Veneza artistica.
Entre mistura de alma e conhecimento cultural. Muitas vezes precisamos ver de perto para saber sentir e poder interpretar. E a vida me concedeu grandes experiências neste sentido.
Sou agradecida.
Beijos !
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