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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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Colaboração:Claude Bloc


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sábado, 17 de outubro de 2009

MULHERES INDEPENDENTES E SOZINHAS - Por Edilma Rocha

Independentes, bem suscedidas, estudadas, malhadas, viajadas, elegantes e intelectualmente inquietas. Nas grandes cidades esse número é cada vez maior. Elas são de uma geração que recebem as conquistas da revolução feminina. Hoje são maioria nas Faculdades, atuam no mercado de trabalho e muitas ganham mais que os homens. Vivem numa crise de modelo de namoro que funcionou perfeitamente na geração passada.
Antes o casamento era com base no sustento financeiro, na geração de filhos e na relação afetiva. Agora o casamento não é mais necessário para os dois primeiros ítens. Querem maior segurança na capacidade de entrega do parceiro. Os seus pais que ficaram juntos há anos, isso se deu, porque a mulher cedeu. Hoje ela vai ficar com o homem que lhe agrade. A relação moderna com o nome de FICAR, mudou todos os conceitos do namoro. As mais novas não querem se entregar ao casamento e as com mais de 30 anos, entendem melhor o que buscam pois muitas vezes já têm filho e os principes encantados tambem já são de segunda mão.
Ainda não existe um sistema para substituir em nada os namoros sérios que acabavam em casamento, reultado das paqueras nas Escolas e Faculdades. Elas dedicam os primeiros anos da vida adulta para firmar-se profisionalmente, conquistar o próprio espaço e morar sozinhas.
Apesar dos avanços e da libertação sexual, a sociedade aceita a vida avulsa apenas como uma etapa. Consideram que há algo errado quando uma mulher não consegue arrumar marido, mas isso é uma escolha. Elas não querem mais ser definidas pelo casamento ou pela maternidade. Querem governar a própria vida, ter independência financeira. Estão exercendo o direito de escolha, e isso é muito atual. A dinâmica individual não exclui o amor, mas criou a reinvidicação da autonomia dentro dele. É o amor não sacrificial.
As mulheres querem intimidade e comunicação. São mais exigentes que os homens e dão mais pêso que eles a vida sentimental. Como não presisam mais casar para fazer sexo ou pagar as contas, as mulheres esperam algo mais que um relacionamento. Não querem um companheiro para ter segurança financeira, status ou mesmo filhos. Querem homens para suporte emocional, intimidade e amizade.
Dez anos atrás, buscar um parceiro na rede era sinal de desespero ou incompetência, hoje é comum. E há mais homens que mulheres na Internet, o que tráz uma vantagem, a mulher tem acesso a grupos fora de seus limites geográficos. É como voltar para o tempo das cartas de amor.
Existem outras emoções que superam a vida de casada e a possibilidade da rotina fica fora de probabilidade. Têm seus blogs para ocupar o tempo, a mente e o próprio ego, encontrar companherismo e troca de emoções. Reencontram amôres passados e amizades perdidas . Revivem emoções com maturidade e sonham acordadas. Querem amar novamente sem perder a vida própria. A participação do homem é que mudou. Querem um amante, um companheiro, as vezes virtual, mas que preencha o seu ego.
Habitantes de um passado que não existe mais e de um futuro que ainda não chegou. Homens e mulheres vivem nos relacionamentos amorosos os reflexos de um presente de regras definidas com papeis que sofreram mudanças consideráveis, visíveis em outras esferas das relações humanas.

Edilma Rocha

2 comentários:

Cesar Augusto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Liduina Belchior disse...

Edilma,

Todas as suas palavras,todos os seus parágrafos,todas as colocações foram de uma inteligencia peculiar a mulher segura,firme,que sabe o que quer e amadureceu práticamente á força;por conta dos preconceitos e discriminações sociais impostas por uma sociedade reacionária.
Você se garante!!! Adorei.

Eu também quero uma vaga nesse seu trem.Abraços:Liduina.