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"Penetra surdamente no reino das palavras.
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Estão paralisados, mas não há desespero,
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"

(Carlos Drummond de Andrade)

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Colaboração:Claude Bloc


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sábado, 17 de outubro de 2009

Rita Hayworth - Gilda !



Rita Hayworth (nome artístico de Margarita Carmen Cansino; Nova Iorque, 17 de outubro de 1918 — Nova Iorque, 14 de maio de 1987) foi uma atriz norte-americana de ascendência hispano-irlandesa, que atingiu o auge na década de 1940 e tornou-se um mito eterno do cinema.

Rita era filha de Eduardo Cansino, natural de Castilleja de la Cuesta, e Volga Hayworth, chefes de uma famosa família de dançarinos ciganos espanhóis. Treinada profissionalmente, Rita subiu aos palcos pela primeira vez com doze anos de idade. Ao longo da adolescência, ela se apresentou várias vezes em cassinos na fronteira dos Estados Unidos com o México.

Primeiramente atraindo a atenção de produtores de cinema como parte da "Família Cansino de Dançarinos", Rita (ainda Cansino) assinou contrato com a Fox em 1935. Estreiou como coadjuvante em Sob o Luar dos Pampas (Under the Pampas Moon, 1935), um faroeste passado na Argentina, estrelado por Warner Baxter. Foi escalada para vários outros papéis pequenos, nos quais se destacou por seus dotes para a dança e por sua beleza. São dessa fase diversos filmes B, como Charlie Chan no Egito (Charlie Chan in Egypt, 1935), policial estrelado Warner Oland e os faroestes Barulho no Texas (Trouble in Texas, 1937), com o cowboy-cantor Tex Ritter e Soberanos da Sela (Hit the Saddle, 1937) com os Three Mesquiteers.

Em 1937, Rita casou-se com Edward Judson, seu empresário. Judson trocou seu nome para Rita Hayworth, mudou a cor do seu cabelo, de castanho para um tom de ruivo (auburn) que ficaria famoso e, principalmente, levou-a para a Columbia Pictures, estúdio que tentava se firmar como um dos grandes de Hollywood e, por isso, necessitava ardentemente de estrelas importantes. No entanto, a Columbia parecia não saber o que fazer com ela: apesar de conseguir um papel importante em Paraíso Infernal (Only Angels Have Wings, 1939), de Howard Hawks, estrelado por Cary Grant e Jean Arthur, Rita continuou a aparecer em uma série infindável de produções B, ora como protagonista, ora como coadjuvante.

Por fim, sua sorte começou a mudar quando foi emprestada à MGM para fazer o terceiro papel feminino de Uma Mulher Original (Susan and God, 1940), de George Cukor, drama estrelado por Joan Crawford e Fredric March. No ano seguinte, novo empréstimo, agora para a Warner Bros., onde foi coadjuvante em dois filmes, um deles Uma Loura com Açúcar (The Strawberry Blonde, 1941), comédia de Raoul Walsh, com James Cagney e Olivia de Havilland. Ainda em 1941, foi emprestada à Fox para interpretar Doña Sol na superprodução Sangue e Areia (Blood and Sand, 1941), drama de Rouben Mamoulian, estrelado por Tyrone Power e Linda Darnell. Este filme lançou-a como o símbolo sexual por excelência de toda aquela década.

Nos anos que se seguiram, Rita brilhou em musicais da Columbia, como Ao Compasso do Amor (You'll Never Get Rich, 1941), Bonita Como Nunca (You Were Never Lovelier, 1942), ambos com Fred Astaire e Modelos (Cover Girl, 1944), com Gene Kelly, firmando-se como uma das maiores dançarinas das telas e a maior estrela romântica dos anos 1940. Porém, a chegada do sucesso profissional coincidiu com a crise em seu casamento, que acabou em divórcio em 1942.

Rita Hayworth como Gilda, papel que a imortalizouA fama de maior estrela da década e de uma das mulheres mais desejadas e famosas do mundo consolidou-se ao estrelar, no auge de sua beleza, o clássico noir Gilda (Gilda, 1946), de Charles Vidor, ao lado de Glenn Ford, com quem já atuara antes em Protegida do Papai (The Lady in Question, 1940), também de Vidor. O marcante, ainda que brevíssimo, striptease de Rita (na verdade o striptease é sugeirdo pois ela tira apenas a comprida luva de um dos braços) e a bofetada que ela recebe de Ford, ajudaram a engrossar a enorme bilheteria que o filme recebeu em todo o mundo.

Gilda, o filme mais importante de sua carreira, também marcou o início de seu lento declínio em Hollywood. Assim como, na frase precisa da campanha publicitária, "nunca houve uma mulher como Gilda", assim também nunca mais Rita conseguiu repetir esse êxito, apesar de ter continuado a trabalhar em produções de sucesso.

Com Orson Welles, com quem se casara em 1943, Rita estrelou A Dama de Xangai (The Lady from Shanghai, 1948). O filme não agradou nem aos fãs nem à crítica, em parte porque Welles pediu-lhe que cortasse o cabelo e o pintasse de louro, além de matar sua personagem no final. No mesmo ano, Os Amores de Carmen (The Loves of Carmen), também de Charles Vidor, reuniu-a novamente com Glenn Ford. A química funcionou outra vez e o filme foi sucesso. Em 1952, fez Uma Viúva em Trinidad (Affair in Trinidad), de Vincent Sherman, atuando pela quarta vez ao lado de Ford. Seus dois filmes do ano seguinte foram dois grandes escândalos, pelo seus temas: Salomé (Salome, 1953), de William Dieterle, com Stewart Granger, onde fez o personagem bíblico que pediu a execução de João Batista e A Mulher de Satã (Miss Sadie Thompson, 1953), de Curtis Bernhardt, com Jose Ferrer, em que Rita interpreta uma pecadora que seduz um reverendo. Seu último grande sucesso foi Meus Dois Carinhos (Pal Joey, 1957), de George Sidney, com Rita dividindo a cena com Frank Sinatra e Kim Novak, considerada a nova rainha da Columbia. Na hora de decidir quem encabeçaria o elenco, Sinatra resolveu a questão: "O direito de ter o nome em primeiro lugar pertence a Rita Hayworth. Ela é a Columbia Pictures e sempre será".

Rita ainda faria vários outros filmes, inclusive na Europa, mas seus dias de glória e sua época já eram coisa do passado. Trabalhou pela quinta vez com Glenn Ford, em O Dinheiro É a Armadilha (The Money Trap, 1966), de Burt Kennedy, e encerrou a carreira com A Ira Divina (The Wrath of God, 1972), ao lado de Robert Mitchum. Coincidentemente, este último é um faroeste, como seu primeiro trabalho, e assim o círculo se completa
Rita casou-se cinco vezes: a primeira com Edward C. Judson (1937- 1942); a segunda com Orson Welles (1943-1948), com quem teve uma filha, Rebecca; a terceira com o príncipe Aly Khan (1949-1953), com quem teve princesa Yasmin Aga Khan; a quarta com o cantor Dick Haymes (1953-1955), e a última com James Hill (1958-1961). Todos seus casamentos terminaram em divórcio. Considerada por muitos a mulher mais bonita da história do cinema, a despeito de Greta Garbo e Marilyn Monroe, a atriz definia seu insucesso no amor com a seguinte frase, que resiste à passagem do tempo: "A maioria dos homens se apaixona por Gilda, mas acorda comigo".

Morreu na casa de sua filha, Yasmin, em Nova Iorque, aos sessenta e nove anos, vítima do mal de Alzheimer, do qual padecia desde a década de 1960, mas que só foi diagnosticado em 1980. Está sepultada no Cemitério de Holy Cross em Culver City, California.

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