Dois pedaços de madeira que flutuam no oceano
encontram-se e se separam um instante depois.
Assim também tu e tua mãe, tu e teu irmão, tu e
tua mulher, teu filho e tu.
Chamas teu pai, tua mulher, teu amigo,
mas não é mais do que um encontro no caminho.
Esse mundo é uma roda que gira,
uma passagem no grande oceano do tempo, onde nadam
dois tubarões: a velhice e a morte.
Nada é permanente, nem teu corpo.
Nada retorna e nada permanece.
Prazer, dor, o destino tudo estabelece.
O que desejas, tens.
O que não desejas, tens.
Ninguém entende por quê.
Nada garante a felicidade do homem.
Onde estou? Para onde irei? Quem sou? Porque?
E porque deveria chorar?
Extraído do Mahabarata em adaptação do original
por Jean Claude Carrièrre.
Do livro: Índia, um olhar amoroso. Do mesmo Jean Claude.
Criadores & Criaturas
"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata."
(Carlos Drummond de Andrade)
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Um comentário:
Stela,
tens o e-mail de Hermano?
Me passe no meu end.eletrônico individual f.assislima9@gmail.com
Revi esses dias o filme do Mel Brooks Mahabharata, com roteiro do Carrière citado por ti.
Belíssimo.
bjs.
Assis.
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