sua boca
é uma boca pequena
sua boca
é uma boca vermelha
e por coincidência
sua boca
é a boca linda que me beija
até chegar a hora do sol
que virá ao encontro de nós dois
dois pequenos sóis
na bicicleta do tempo
por isso digo
da cor da alegria
é azul três vezes
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agora é tarde pra dizer
baby te amo
"inês é morta"
agora é o começo das tristezas
e você diz
é bom ir a missa
agora você pode enlouquecer
se não tomar cuidado
ela saiu na revista
agora ninguém segura
só um milagre
é o que nós todos estamos precisando
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uma saudade a mil
dos amigos
estou em plena solidão
mundão de pedras
os robôs passam
garotas macias
elas são tão dispersas
o que ainda me toca
são os olhos fundos da pérsia
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o mundo está cheio de coisas
como as minhas cantigas
é um sapo que pula
é um relâmpago que brilha
na velha cidade
a senhora londres me investiga
Um comentário:
Socorro,
Muito legais e apropriadas e necessárias essas postagens da poesia de G. Urano.
Fico pensando: se Geraldo estivesse na ativa, mesmo assim iria precisar de nós para que sua obra fosse publicada na rede.
Definitivamente, sua única tecnologia era mexer com palavras e sentimentos.
E nisso ele era um grande tecnólogo...
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