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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
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"

(Carlos Drummond de Andrade)

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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

UM PINTOR CHAMADO ARMANDO VIANA - Por Edilma Rocha


O artista que na infância rabiscava todos os papeis que encontrava em branco nos cadernos da escola, dando vida com lápis coloridos aos desenhos criados por sua intuição prodigiosa, se fez ao longo dos anos um nome respeitado.
O companherismo no seu meio o fez cada vez mais, subir os degraus de uma carreira brilhante no mundo das artes Brasileiras.
Armando Martins Viana, nasceu na cidade do Rio de Janeiro no ano de 1897. Começou os seus estudos no Liceu Artes e Ofícios, antiga escola, sob a orientação dos professores Eurico Alves e Stefano Cavalaro. Realizou obras à óleo e aquarelas, praticando uma pintura tradicional e realista com o seu desenho e coloridos fieis. Pintou paisagens, nus artisticos, flores, marinhas , figuras e arte sacra. Cumpriu todas as etapas de uma grande escola de artes, passando por todos os temas necessários para a escolha de um estilo próprio.
Ingressou na Escola Nacional de Belas Artes e foi pupilo de Rodolfo Amoedo e Rodolfo Chamberlland, nomes importantes na orientação do artista no Rio de Janeiro. Todos os que tiveram a oportunidade de passar pelas mãos dos grandes mestres, levaram no seu currícuo, honra merecida. Trabalhou na decoração do Palácio do Catete, no Palácio da Guerra e nas igrejas de São Jorge e Nossa Senhora do Rosário , deixando o seu talento no registrado na história do Rio de Janeiro.
Um pintor eclético, no decorrer da sua carreira evoluiu para o academismo e impressionismo, com incursões pelo modernismo cubista. Foi um grande amigo de José Pancetti na inovação do seu trabalho. Sua obra-prima, Limpa dos Metais de 1923 encontra-se no Museu Mariano Procópio, em Juiz de Fora. Pintou os nossos escravos, dando um significativo registro para a história do Brasil junto a colega Tarsila do Amaral. O nosso Museu de Arte Vicente Leite, no Crato, possue um trabalho desta época, intitulado Prêto Velho datado de 1921. Vale a pena conferir. O nosso idealizador e criador Bruno Pedrosa conseguiu de suas próprias mãos este trabalho para o acervo em doação, na década de 70, no Rio de Janeiro.
Existe hoje no mercado da arte brasileira um número de obras do artista em diversas fases circulando nos leilões, principalmente em São Paulo, para os grandes colecionadores.
Aos 94 anos, ainda produzindo, falece no Rio de janeiro, Armando Martins Viana, um grande nome na pintura brasileira.
Edilma Rocha

2 comentários:

socorro moreira disse...

Bravíssimo, minha mestra das artes !


O Crato com saudades de você, nubla a Chapada .

Quando virás?

Edilma disse...

Aquela foto está tão fiel que parece lhe ver ao vivo.
Linda e serena...
Estou com saudades cruzadas...
Estarei por aí em breve.

Beijo !