A loucura abriu a porta
em noite quente de lua
(não olhei pra cima)
talvez ainda cheia
ou bem fininha.
A loucura veste-se
com pele de embuá colorida.
Ai do poeta
que não olhou pra cima
não sabe se a lua engordou
ou faz regime.
Minha barba rala.
Meus dedos barulhentos.
Meus olhos que vivem caindo
sobre as sandálias japonesas.
Digam adeus poeta
que já me encheste o saco
e eu digo:
castrem-me.
Um comentário:
O bem não se castra
O bem se apara
Tua poesia
é a minha poda diária ...
Se pauta... é phoda !
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