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Do fim de tarde
Não foste, não feriste teus passos
Nessa longa e triste estrada
Deixando-me as cinzas do tempo,
Deixando-me no ar tuas lembranças,
Teus olhares, tua presença nos livros
Nos discos, nas réstias de sol,
Nos restos de mim.
Pois não creio no que some de repente,
Não creio no que escorre entre meus dedos
No que some de minhas retinas,
No que escapa fulgás pelo ar...
Sumiste cortando o ar deste sertão
Sumiste cortando meu peito,
Colorindo o chão com o rubro do meu sangue
A chorar...
Foto: Hugo
Fonte: http://br.olhares.com/solidao_foto944574.html
2 comentários:
Grande, grande poeta !
Belo !
Obrigado Socorro. Aqui, lendo e aprendendo a cada dia com a pluralidade dos poetas.
Abraços.
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