É claro, é muito claro
Que as hastes das rosas envergam
Quando os ventos sibilam nos prados
Que os olhos reluzem como o orvalho
Em prisma, quando olhos outros
Farejam e fitam o mesmo olhar.
É claro que o tato, que a pele-veludo
Sente o toque, o lábio pousado no lábio
Como conchas que se fecham
Para nascer à pérola do toque das línguas
No côncavo e o convexo dos beijos.
Tão claro é que os cheiros dão pistas
Para os faros atentos, que cercam
As peles, os cabelos ao vento,
Ao perfume que lateja no ar...
É claro que ainda te vejo,
No aroma do café que eu bebo,
No vôo do pássaro,
E em lágrimas que por vezes
Insistem em brotar.
Imagem: Claudia Morais
Criadores & Criaturas
"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata."
(Carlos Drummond de Andrade)
ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS
FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS
Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................claude_bloc@hotmail.com
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário