Uma mulher igual a tantas
é tão pouco
à minha ambição poética.
Sei que se eterniza
no meio da selva
uma orquídea
duradoura no orgasmo
no silêncio
nas palavras.
Apesar da chuva tropical
amanheça irresistível
com seu sinalzinho no lábio
só para enganar o poeta.
Quero uma mulher que me ensine
a escrever diferente
a nadar,
a andar de bicicleta
e por último entenda
que meu sorriso oculto
não mostra os dentes
mas é puro.
Triste, cínico, louco.
Mas é puro.
por Domingos Barroso
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