Quanto mais batalho
pressinto a luz voraz
em cada dedo com calo
em uma simples topada
meus dias abençoados.
Quanto mais empunho
minha espada
lanço doces olhares
aos transeuntes
às árvores
às pródigas formiguinhas
(já retornaram ao vaso sanitário)
Quanto mais acordo
minha alma dança
toca flauta
e piano
mexe os dedos dos pés
enlouquece os pulmões.
Quanto mais imagino
a verdade me revigora
na palavra inesperada
no silêncio risonho.
E não vejo dor capaz
de turvar este vazio.
A crença absoluta
no que se perde
e se liga
ao instante.
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