Quando as nuvens passarem
- Claude Bloc -
Muitas vezes é o silêncio
É a tarde que declina
É o sol que delira
entre os movimentos
do dia.
Muitas vezes é essa ausência
É a saudade que nos chega
A coragem que nos leva
aos confins da nossa força
e nos testa, e nos toca
e nos move, e nos mói.
São tantos os caminhos
São tantos os instantes
os afetos
os desafetos...
São como os cios da terra
ressurgindo
desses arcos de quietude e solidão
distante ou perto,
não se sabe de onde
Mas...
quando o vento estiver forte
quando as nuvens passarem
ainda estaremos aqui
dentro das quatro paredes
sem mais tristeza
ao abrigo dos vendavais.
Claude Bloc
Um comentário:
O êxtase do silêncio.
O delírio da cor.
Tudo é poesia.
Claude, tenho admirado suas imagens sempre belas, em sua singeleza.
Um grande abraço.
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