Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Na garganta da noite



POR TAIS MOMENTOS DESTAS MULHERES POETAS - por José do Vale Pinheiro Feitosa


E dos espaços brotaram tristezas,
Pingos das manhãs orvalhadas,
Fugas de iluminação efêmera,
Escape dos momentos fugazes.

Meninas que há de tanto?
Esgotamento de estoque,
Fatura de vencimento,
Badaladas de partida.

E os sertões?
No limite,
Solitário,
Silencioso,
E depois renasce.

Não poderia algo assim,
Sem certezas de sustentação,
Muito do que se retira,
Como regra da aridez?

O éden fica ao norte do nada,
A alegria nesta roda de bambas,
O canto nos contrafortes da alma,
E a poesia nos átomos da respiração.

Meninas,
Não segures a cauda do amanhã,
Basta a cela desta jornada,
Por destino o sonho da pausa,
E se levante houver,
Nascerá qual primeira das manhãs.


José do Vale Pinheiro Feitosa


Socorro Moreira , disse :

Fora do espaço, afloram alegrias
Sereno da noite, orvalhando a flor
Encontros iluminados,no espelho da casa.

Meninos , o pouco é tanto ...!
Reposição de estoque
Duplicata de emoção
Recibos da devoção.

E os mares ?
Guardando sereias
Alojando a caixa-preta
Ou o báu de Pandora ?

Incertezas sustentam sonhos
Nesta adição de sementes
A regra é a floração.

O inferno é o limbo
A tristeza é a inconsciência
O pranto nos cofres da alma
E a arte nos átimos da noite.

Meninos,
Prendam a calda do porvir
O mel desse pêssego
Está na madrugada
É preciso retê-lo !

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