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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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segunda-feira, 7 de junho de 2010

O mel da lembrança - por Socorro Moreira




ALFREDO MOREIRA MAIA - meu avô paterno.

Filho do Caboclo Moreira e esposo de Donana - O mais terno avô do mundo !
Morreu de aneurisma , desgostado , quando teve que sacrificar seu cachorro "Tupã". Eu contava 6 anos.
Cuidou das minhas mamadeiras , adoçou minha boca com balinhas de umburana , carregava-me nos braços , quando eu adormecia , no colo de Donana. Aperriava aquele homem , o dia todo ... Vô , quero dois mil réis pra comprar pirulito. A sua caixinha de moedas , ficava sempre vazia .
Era dotado de uma inteligência privilegiada. Nada existia que , nas suas mãos não tivesse conserto , nem se transformasse em arte. Era um artesão de primeira. Consertava o relógio da Sé , da Pça da Estação , fazia bolas de bilhar para o "Bar Ideal " , joias ; fundia qualquer metal , e transformava numa peça útil ou ornamental.
Elegante e belo , vestia-se no cáqui ou no linho branco , chapéu combinando , relógio de algibeira , suspensórios e alfinetes na gravata.
Que sorte teve a minha avó , de ser amada por aquele homem !
Ficou na minha memória o seu assobio : Delicado ...Um chôro lindo - Sua canção preferida !

Balas de Umburana - atendendo ao pedido do Emerson Monteiro.

Ingredientes
2 litros de leite integral --
800 gramas de açúcar;
1 colher (de sopa) de manteiga sem sal;
1 colher (de sopa) de raspas de umburana
1 pitada de bicarbonato de sódio;
1 copo (tipo americano) de mel.


Preparo
Pôr os ingredientes num tacho e levar ao fogo.
Quando levantar a primeira fervura, mexer bem e diminuir a chama, para a mistura não derramar.
Deixar ferver, até engrossar bem e ficar com aspecto semelhante ao de melado.
Mexer sem parar até obter o ponto. Para conferi-lo, pôr água numa vasilha e pingar um pouco do doce. Depois de um minuto retirar com a mão e verificar se a massa ficou consistente. Se não estiver, deixe ferver mais um pouco.
Untar um tabuleiro com manteiga e despejar a massa ainda quente, para não açucarar.
Deixar esfriar em local arejado.
Cortar tiras na grossura de um dedo, com 2 cm, e enrolar em papel impermeável.

Um comentário:

Edilma disse...

Socorro,

Como me faz bem ouvir historias com essas do seu avô, Alfredo Moreira Lima. Imagino Sr. Alfredo e meu avô Julio Saraiva, conversando nas praças do Crato. Foram amigos e tinham muito em comum, eram ambos ourives e faziam de tudo um pouco.
Quanta saudades !