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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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terça-feira, 27 de julho de 2010

Puxa conversa nr. 2- por Sônia Lessa Norões


Conversa puxa Conversa (2)

A França, sociedade que se orgulha por ser distinguida como nação de vanguarda das idéias, tem promovido discussões em torno do trabalho de François Jullien, nascido em 1951, especialista sobre a China e a Grécia. No livro “Traité de l’Efficacité” (Tratado da Eficácia, traduzido para o português por Paulo Neves e publicado no Brasl pela Editora 34, em 1998, François Jullien argumenta que a eficácia no Ocidente se opõe em tudo à eficácia na China.

“A primeira procura atingir diretamente, através de uma ação voluntária, um objetivo fixado com antecedência. A segunda avalia a situação e depois a orienta de maneira a que o resultado se produza espontaneamente. A eficácia na China repousa sobre a transformação e a orientação. Fazendo evoluir a relação de força em seu favor, o estrategista chinês dirige as forças com as quais se depara. Ele se apoia sobre a propensão das coisas e se serve daquilo que lhe oferecem as circunstâncias. A guerra e a diplomacia ilustram perfeitamente o pensamento da eficácia na China. O estrategista orienta suas tropas e seus adversários para ganhar a batalha sem precisar combater, como o príncipe dirige seus súditos para que o poder lhe venha naturalmente”.

Em 1995, François Jullien já havia publicado um outro livro, traduzido para o português em 2001 sob o título “Fundar a Moral: diálogo de Mêncio com um filósofo das Luzes”, abordando preocupações de Mêncio, há 23 séculos, com o profissionalismo na administração pública.
Nascido por volta de 371 a.C., quase um século depois de Confúcio, Mêncio — latinização de Mengzi (Meng-tzu) — é considerado o segundo sábio do confucionismo.

Trechos de “Os Quatro Livros”, de Mêncio:

“A compaixão é o princípio da beneficência; a vergonha e o horror do mal são o princípio da justiça; a vontade de recusar para si e ceder ao outro é o princípio da urbanidade; a inclinação a aprovar o bem e a reprovar o mal é o princúipio da sabedoria. Todo homem tem naturalmente esses quatro princípios, como possui os quatro membros (...). Aquele que souber desenvolvê-los plenamente poderá governar o império” (...)

 por Sônia Lessa 

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