James K. Galbraith, é um economista americano, nascido em janeiro de 1952, filho do renomado economista John Kenneth Galbraith e Catherine Atwater Galbraith e irmão do diplomata Peter E. Galbraith. Normalmente escreve no ambiente universitário e para publicações liberais (cuidado que isso é outra coisa por lá, não traduz os Chicagos Boys daqui) sobre economia. Como título é professor da Lindon B. Johnson School of Public Affairs, Universsity of Texas at Austin e é o catedrático do Levy Economics Institute do Bar College.
O economista esteve na semana passada pelo Brasil, elogiou o desenvolvimento social nele e na América Latina e destacou que o Brasil, nos últimos dez anos (atenção tucanos tem dedo de vocês aí) “Criou um sistema financeiro com inúmeras alternativas aos bancos comercias e completou o ciclo de circulação econômica, aumentando o poder de compra das classes mais pobres. E isso funciona.” Atenção existe muitas alternativas ao petismo e os tucanos não precisam cair no neoliberalismo furibundo com horror ao progresso dos pobres e aos aposentados. O Economista vai mais além e diz: “Há dois países no mundo nos quais você vê um mercado de redução da pobreza extrema: a China é um e o Brasil é outro. A situação da China se aplica apenas a ela.”
Acrescenta que no caso do Brasil a situação foi muito interessante, que “O Brasil fez isso sob uma democracia funcional, construído sobre princípios sociais essencialmente democráticos que têm sido atacados ininterruptamente por ideólogos neoliberais nos ultimo 30 anos. Ainda assim, aqui observamos, às sombras do modelo econômico da última década, um exemplo de que essa política acarretou um progresso social indiscutível e, mais do que isso, parece ser bem popular. A população tem aceitado e essa, a meu ver, é a coisa certa a se fazer. É impressionante. Funciona e é algo que deve ser compreendido pelo resto do mundo. Em toda a minha vida, esta é a primeira vez que o resto do mundo está olhando para a América do Sul e para o Brasil como exemplo de algo que funcionou.”
A vitória eventual da Dilma não é o fim da picada para forças mais progressistas que queiram ser isso. Que não acredite em história da carochinha e que tenha coragem de vencer os “coronéis” do “venha a nós o vosso reino e ao vosso nada”. Vejam com que clareza um economista americano, nascido, criado e vivido por lá diz do que seja o capitalismo americano:
“Particularmente nos EUA existe, no momento, um discurso político com uma tendência para descrever o país como liberal e com um mercado livre, no sentido da economia capitalista européia. Isso é uma besteira. Não corresponde aos EUA no qual a população vive. O grande capitalismo liderado pelos bancos e instituições financeiras entrou em colapso em 1929.
A partir do início dos anos 30 o país foi reconstruído, tornando-se totalmente diferente, com um modelo que tinha um forte elemento de companhias privadas, mas no qual instituições cruciais foram estabelecidas por autoridades públicas, pelo New Deal. Nós temos a previdência social, a administração pública de trabalho, o conselho de monitoramento, a autoridade de Tenesee Valley, as indústrias públicas de administração, e poderíamos continuar conversando por muito tempo sobre como o país foi construído nas décadas de 1930 e 1940. Isso levou a um período de prosperidade relativamente estável durante os anos de 1950 e 1960, até chegar à década de 1970.
O que aconteceu depois disso foi um esforço feito por Reagan, e particularmente por Bush (filho), de estabelecer o mundo que existia antes de 1929. Ter um país no qual o verdadeiro poder estava nas mãos do setor financeiro privado. Nessa escolha, existem duas realidades: a primeira é que haverá uma ascensão e queda muito rápidas. E a outra é que eles ainda não desmembraram as instituições existentes dos anos 1930 aos 1960. Então ainda temos previdência social, MedCare... ainda temos grandes instituições que estabilizam a economia e que funcionam. Essa é a razão para a crise não ter sido tão violenta quanto a de 1929. A taxa de desemprego chegou a 10% e não a 25%. O que é chamado de capitalismo não tem sido capitalismo. Esse, ao longo da minha vida, eu não conheci.”
Quem quiser deixar para os petistas a hegemonia do progresso social brasileiro que deixe. Mas acho que existem modelos que podem avançar ainda mais e qualquer partido sério, voltado para o interesse do povo brasileiro pode fazê-lo. Não com coronéis, mas com o povo. Abaixo as idéias congeladas, vivam os jovens ousados das ruas do Cariri.
O economista esteve na semana passada pelo Brasil, elogiou o desenvolvimento social nele e na América Latina e destacou que o Brasil, nos últimos dez anos (atenção tucanos tem dedo de vocês aí) “Criou um sistema financeiro com inúmeras alternativas aos bancos comercias e completou o ciclo de circulação econômica, aumentando o poder de compra das classes mais pobres. E isso funciona.” Atenção existe muitas alternativas ao petismo e os tucanos não precisam cair no neoliberalismo furibundo com horror ao progresso dos pobres e aos aposentados. O Economista vai mais além e diz: “Há dois países no mundo nos quais você vê um mercado de redução da pobreza extrema: a China é um e o Brasil é outro. A situação da China se aplica apenas a ela.”
Acrescenta que no caso do Brasil a situação foi muito interessante, que “O Brasil fez isso sob uma democracia funcional, construído sobre princípios sociais essencialmente democráticos que têm sido atacados ininterruptamente por ideólogos neoliberais nos ultimo 30 anos. Ainda assim, aqui observamos, às sombras do modelo econômico da última década, um exemplo de que essa política acarretou um progresso social indiscutível e, mais do que isso, parece ser bem popular. A população tem aceitado e essa, a meu ver, é a coisa certa a se fazer. É impressionante. Funciona e é algo que deve ser compreendido pelo resto do mundo. Em toda a minha vida, esta é a primeira vez que o resto do mundo está olhando para a América do Sul e para o Brasil como exemplo de algo que funcionou.”
A vitória eventual da Dilma não é o fim da picada para forças mais progressistas que queiram ser isso. Que não acredite em história da carochinha e que tenha coragem de vencer os “coronéis” do “venha a nós o vosso reino e ao vosso nada”. Vejam com que clareza um economista americano, nascido, criado e vivido por lá diz do que seja o capitalismo americano:
“Particularmente nos EUA existe, no momento, um discurso político com uma tendência para descrever o país como liberal e com um mercado livre, no sentido da economia capitalista européia. Isso é uma besteira. Não corresponde aos EUA no qual a população vive. O grande capitalismo liderado pelos bancos e instituições financeiras entrou em colapso em 1929.
A partir do início dos anos 30 o país foi reconstruído, tornando-se totalmente diferente, com um modelo que tinha um forte elemento de companhias privadas, mas no qual instituições cruciais foram estabelecidas por autoridades públicas, pelo New Deal. Nós temos a previdência social, a administração pública de trabalho, o conselho de monitoramento, a autoridade de Tenesee Valley, as indústrias públicas de administração, e poderíamos continuar conversando por muito tempo sobre como o país foi construído nas décadas de 1930 e 1940. Isso levou a um período de prosperidade relativamente estável durante os anos de 1950 e 1960, até chegar à década de 1970.
O que aconteceu depois disso foi um esforço feito por Reagan, e particularmente por Bush (filho), de estabelecer o mundo que existia antes de 1929. Ter um país no qual o verdadeiro poder estava nas mãos do setor financeiro privado. Nessa escolha, existem duas realidades: a primeira é que haverá uma ascensão e queda muito rápidas. E a outra é que eles ainda não desmembraram as instituições existentes dos anos 1930 aos 1960. Então ainda temos previdência social, MedCare... ainda temos grandes instituições que estabilizam a economia e que funcionam. Essa é a razão para a crise não ter sido tão violenta quanto a de 1929. A taxa de desemprego chegou a 10% e não a 25%. O que é chamado de capitalismo não tem sido capitalismo. Esse, ao longo da minha vida, eu não conheci.”
Quem quiser deixar para os petistas a hegemonia do progresso social brasileiro que deixe. Mas acho que existem modelos que podem avançar ainda mais e qualquer partido sério, voltado para o interesse do povo brasileiro pode fazê-lo. Não com coronéis, mas com o povo. Abaixo as idéias congeladas, vivam os jovens ousados das ruas do Cariri.
Um comentário:
Bom dia !
Bem postado!
Preciso ler-te !
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