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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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Colaboração:Claude Bloc


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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O futuro político nordestino - José do Vale Pinheiro Feitosa

As eleições presidenciais polarizam posições e os estados que já elegeram seus governadores esquecem a sua prória disputa. Ao examinar o quadro das eleições de governadores no Nordeste, segundo as últimas pesquisas, consolida-se uma mancha contínua de lideranças do PSB. Ele poderá governar quatro estados: Piauí, Ceará, Paraíba e Pernambuco.

Quando um partido faz isso, necessariamente cria-se um campo para surgimento de uma forte liderança regional. Quando o velho PMDB efetivamente começou a criar uma grande mancha de governadores no nordeste, em 1982, surgiram novas lideranças como Tasso Jereissati junto com a já estabelecida por Jarbas Vasconcelos e Miguel Arraes embora apenas como deputado, sem contar Valdir Pires na Bahia. Depois veio o período desagregador de Orestes Quércia (só para marcar uma referência não se deveu tudo a apenas ele) e as lideranças foram criar o PSDB e o PSB.

Aliás, uma das melhores convivências histórias naquele período aconteceu entre Arraes e Tasso, o “velho” e o “novo” a balançar dois estados de grande peso na região. Não sei o papel que teve Violeta Arraes nisso tudo, mas no mínimo selava esta convivência, sendo claro que os dois políticos se originavam da grande frente do PMDB.

Sem querer adivinhar. Mas não é improvável que desta mancha do PSB se reconstitua o mesmo balanço entre Ceará e Pernambuco, com Eduardo (neto de Arraes) e Ciro Gomes (cria do Tasso). Seria um processo histórico contínuo, fácil de explicar, mas a história, embora possa ser estudada por modelos, é sempre um por acontecer surpreendente. Mas ao dizer balanço e a citar os “padrinhos” do “novo” terminei levando o leitor para aceitar como mero balanço.

Na verdade eu imagino (ou será mero desejo?) que o nordeste está pronto para forjar uma nova liderança de projeção nacional. Mais moderna, preocupada com o progresso material da grande massa pobre e relativamente mais atrasada socialmente. Sendo assim, é de se esperar uma boa queda de braço entre Pernambuco e Ceará pela liderança. E a Bahia? É boderline, ora sudestes e noutra nordeste. Além do mais perdeu a liderança do velho coronel ACM.

Um comentário:

socorro moreira disse...

Gosto de quem sabe fazer política. Gosto de ti !

Abraço.