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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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domingo, 28 de novembro de 2010

O poeta não parte ...e a poesia fica ! - Por Rosa Guerrera



E mesmo tendo partido  há trinta anos , Vinicius de Moraes continua e vai continuar sempre vivo nas musicas que fez , nos livros que escreveu , e nas poesias espalhadas não apenas no nosso país , mas noutros também que o elegeram para sempre .
Em seus 66 anos de vida , o Poeta, o compositor, o dramaturgo, o jornalista e o diplomata , viveu toda a sua vida regada pela presença de muitas mulheres, amigos , cigarros e uísque ,razões quem sabe de tanta inspiração , para os versos da sua extensa obra literária .

O menino nascido na Gávea, Zona Sul do Rio, no dia 19 de outubro de 1913, era um apaixonado pelo mundo. Daí suas escolhas profissionais, em todos os sentidos.

Obcecado pelo dom de viver, Vinicius sempre procurou fazer aquilo que lhe proporcionasse prazer. "Foi o único entre nós que teve a vida de poeta", disse um dia Carlos Drummond de Andrade.
Vinicius era admirado não apenas por sua obra. Porque muito mais que um grande poeta, ele foi uma pessoa querida por todos seus companheiros, parceiros e amigos. Seu amor pela cidade do Rio de Janeiro pode ser comprovado através dos sonetos e músicas.que ele nos ofertou ..Era um apaixonado pela vida , e soube vivê-la intensamente como poucas pessoas .

Poeta do amor e da comunhão, participou de toda a renovação da música brasileira em parceria com os grandes compositores do país. A vida, considerada por ele a "arte do encontro", tinha o sentimento de mistura e comunhão.
Vinícius de Moraes passou sua existência rompendo convenções sociais. Passou da poesia culta para a popular, misturando ritmos brancos com negros, samba com candomblé e o comportamento aristocrático com o boêmio .
Vinicius não partiu , porque ele personificou a poesia .... E a poesia FICA.

SONETO DA FIDELIDADE ... ( VINICIUS DE MORAES )

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

 por rosa guerrera

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