Para Silvana e Sérgio.
Um domingo de nuvens, paz e silêncio.
O dom e a dor da vida têm igual força,
e assim tudo aquilo que começa e finda,
entre cegueira e luz,
esplendor e miséria.
A palavra não dita, o gesto recolhido, a dor destes tantos mortos
me ferem a alma como se fossem o mesmo
punhal.
Essa ferida, meu Deus,
eu sei,
é para que eu me dê conta
e me reconheça criatura.
Esta é a minha prece:
faz-me compreender que nesta vida sou eu
quem passa necessidade
de Tua
misericórdia.
Oratório. Foto de MVítor.
por Ana Cecília
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