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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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domingo, 26 de dezembro de 2010

As cidades pela música - José do Vale Pinheiro Feitosa

As grandes cidades do mundo ocidental renderam música à indústria fonográfica. Canções belíssimas que se tornaram patrimônio não mais destas cidades, mas de todos os povos que tinham acesso àquelas músicas e aprenderam a gostar delas. Certamente que tais músicas deram um sentido interior às pessoas para ter as próprias cidades como patrimônio de si. Mesmo quando nunca visitaram aquela cidade.

Hoje vou apresentar músicas para quatro cidades e mostrando como estas foram importantes para nos doar cada uma delas. A primeira é Paris. São tantas as canções feitas para a cidade que não existe possibilidade de listá-las sem uma profunda pesquisa não apenas na canção francesa. Os americanos fizeram uma belíssima canção, encontrável no youtube chamada “Last time a saw Paris” que foi fundo musical num belíssimo filme com Elizabeth Taylor e Van Johnson, de 1954, cujo título foi este mesmo. Aqui com a orquestra de Frank Chackfield.




Sem contar detalhes da cidade como a canção para “Moulin Rouge”, ou “Last Tango in Paris” do escandaloso filme do mesmo nome, com Marlon Brando e Maria Schneider, ou o “Is Paris Burning” com uma lenda de que Hitler mandou incendiar a cidade durante a invasão aliada. Ou o “I Love Paris” com Frank Sinatra. Ou a belíssima canção “A Paris, dans chaque faubourg” gravado por vários cantores, com este passo a passo dos bairros da cidade.

Mas ficarei com SOUS LE CIEL DE PARIS e na voz de Yves Montand, mas poderia ter igualmente escolhido as versões de Edith Piaf, Juliette Gréco ou Mireille Mathieu entre tantas versões.





Nova York não nos deixa dúvida. A canção New York, New York, composta por John Kander e Fred Ebb feita para o filme do mesmo nome, de Martin Scorsese com Liza Minelli e Robert De Niro, que não é tão velha, de 1977, como parece ecoar na nossa mente com a duração de um século. Os compositores, John o músico e Fred o letrista, trabalharam muito para os musicais da Broadway e para o cinema: Cabaret, Chicago e Funny Lady entre vários. Consta que a música não foi bem aceita por De Niro e sofreu modificações, tornando-se tema de Liza. Não fez sucesso até o lançamento do filme. Tornou-se sucesso com Frank Sinatra em 1979.




Fica difícil, em se falando de N. York, fugir da belíssima Manhattan com a voz de Dinah Washington.




Roma. Tem uma cadeia de montanhas cercando o vale do Tibre onde a música inventou uma cidade. Uma vechia cittá, de tanto charme no pós guerra, uma cidade bela e profunda nas raízes de nossa língua. Vou ficar com um clássico: Arrivederci Roma, que foi gravada por tantos. Entre os quais: Mario Lanza, Johnny Mathis, Nat King Cole, Dean Martin, e muitos mais. Aqui com a versão em italiano de Renato Rascel de 1955 que é o compositor da música e a letra de Pietro Garinei and Sandro Giovannini. Foi lançada no filme "As sete colinas de Roma".




A quarta cidade é São Francisco. Com tantas músicas, especialmente esta San Francisco com Scott Mackenzie.





Mas aquela mais representativa é I Left My Hearth in San Francisco e voz icônica da canção é Tony Bennett. Não tem apelação. Escutem o piano machucando cada fibra da matéria prima do amor.




2 comentários:

socorro moreira disse...

Arrasou !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Suspiros !

Uma janela foi aberta .
Escutei a estação das músicas universais lembradas neste texto, e as das entrelinhas.
Nossa ... Música é meu ópio.

socorro moreira disse...

Já estou na terceira leitura...