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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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Colaboração:Claude Bloc


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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Prolixa profusão do "P" - José Nilton Mariano Saraiva

Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar, porque preferiu pintar panfletos. Partindo para Piracicaba, perplexo pintou prateleiras para poder progredir. Perambulando permanentemente, posteriormente partiu para Pindamonhangaba. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém, pouco praticou, porque, “pirado”, Pedro Paulo pediu para pintar panelas. Paradoxalmente, porém, pintou pratos para poder pagar promessas. Prostou. Posteriormente, pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal, para pedir permissão para papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris para praticar. Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los. Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar, principalmente pelo “pico”, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam permanentemente possantes potrancas.
Pisando Paris, preferindo Pedro Paulo precaução, pediu permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos. Por profundas privações passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal. Português, povo previdente, pensava Pedro Paulo. Preciso partir para Portugal, porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses.
Paris, Paris, proferiu Pedro Paulo, parto. Porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir. Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, prolixo papai Policarpo partira para província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para papai Policarpo para prosseguir praticando pinturas. Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, papai Policarpo, puxando-o pelo pescoço, proferiu: pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando porcarias, pintas pior. Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias? Papai, proferiu Pedro Paulo, pinto porque permitiste, porém, preferindo, poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal.
Papai, pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences. Partiram prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro! Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando. Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piranhas, pirarucus. Pela picada próxima partiram, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras pontudas, papai Policarpo procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito. Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente, Pedro Paulo, pedreiro, pegava pedras. Porém, Péricles pediu para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos. Particularmente, porém, Pedro Paulo preferia pintar prédios. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas. Pobre, pesaroso, Pedro Paulo, pereceu pintando. Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar. Para parar, pois, preciso pensar. Pronto...pensei. Portanto, pararei.

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E tu ainda te achas o máximo quando consegues dizer: "O rato roeu a rica roupa do Rei de Roma e a Rainha de raiva roeu o resto". Se manca, analfa !!!
Autor: desconhecido

4 comentários:

Stela disse...

Bom demais, Zé Nilton Mariano, esse trava-línguas.
De fato um rato roer a roupa do rei de roma é café pequeno para o P de Pedro pedreiro............
(risos)

socorro moreira disse...

Demais !

Aloísio disse...

José Nilton,

Seu texto me fez lembrar a música "Tudo em P" de Jorge Nobrega e Angelo Delatri, gravada por Miriam Batucada no disco Amanhã Ninguém Sabe (1974). Claro com a letra muito bem menos extensa do que este texto, por sinal muito muito.

Abraços
Aloísio

jose nilton mariano saraiva disse...

Prezados,
Provavelmente, professor-produtor
"peça" profundo-perspicaz profissional pertinente.

Né, não ???