quando chega a tarde
sobre as palmeiras
e longe gemem pássaros de palha
é certo que os homens
fogem da fome
de amor semeada
nas ruas onde
seus passos ficarão
de fato
na prisão do tempo
nasce um de olhos vermelhos
não do sangue
mas da luz
toda de espadas
e as faces expostas
ao sol insuportável do meio dia
pra onde vou não sei
nuvens abraçadas ao ar
sobre as espáduas
o mundo na oca cabeça oca
os mares na boca
nenhuma palavra
que saiba traçar as linhas
no azul e seus segredos
abrindo o mar
na alma de queixosos peixes
4 comentários:
Chagas
Parabéns!!!
Sua "de tarde II" é demais. Tem III, IV...? mande pra gente.
Abraços
Aloísio
Chagas,
Faço minhas as palavras de Alísio.
Manda nais !
Estou adorando este mote.
Parabéns!
Aloisio, Edilma,
mandarei sim, sempre que possível.
Abraços.
Chagas,
No seu texto um simbolismo curioso, uma espécie de metamorfose do homem onde são percebidas algumas alegorias paralelas entre ele e suas atitudes, entre o homem e a situação em que vive...
Gostei do resultado final, de sua capacidade de análise, de sua sutileza.
Abraço,
Claude
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