Seiva
- Claude Bloc -
Muitas vezes me escondo
Me transformo
Me deleito
.
.
Sinto-me fluida
dentro da árvore,
em seu oco,
em seu silêncio.
Outras vezes sou seiva,
estou nas sementes.
Meus pés se misturam com as raízes,
caminham dentro da terra,
reconhecem nela o rumor do tempo
na noite subterrânea.
.
caminham dentro da terra,
reconhecem nela o rumor do tempo
na noite subterrânea.
.
Meus braços balançam no espaço
são galhos,
minhas mãos se espalmam
saboreando o vento
bebendo-lhe o frescor:
eu e a árvore
o mesmo pensamento.
A imobilidade frágil das horas
A vida, os sonhos.
Claude Bloc
5 comentários:
Claude
Perfeita esta sua simbiose com a árvore!!!
Parabéns.
Abraços
Aloísio
Claude,
Arrebentou Claude Beth Bloc Boris!
Nas fotografias passo a passo com a poesia.
Belo presente para começar meu dia!
Até mais tarde ...
Beijo !
Claude,
No texto você se mistura com a natureza; ou seja, empatiza com a mesma. Ora é seiva, depois semente e até raiz...Interagiu com a(as) árvore(s). Parabéns!
Aloísio, Edilma e Lidu,
Quem em algum momento não se sentiu árvore?
Muitas vezes pela força, outras pela placidez, outras tantas pela imobilidade, ou seja, por estar ciente de tudo e nada poder fazer...
Mas esse "passeio" por dentro da árvore e de si ao mesmo tempo, sentindo-se fluir como a seiva a gente faz num momento de reflexão e de tomadas de iniciativa.
Ando assim sentindo que preciso me sentir parte de todo para me reacomodar ao mundo.
Abraços aos três na minha seiva da amizade.
Claude
-Parabéns, Claude, pelo BELO texto!
Abraço,
Palloma Almeida.
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