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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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Colaboração:Claude Bloc


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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A Folha vai quebrar duas vezes, a Globo, uma.

Senado aprova nova Lei para TV por assinatura

DE BRASÍLIA

O Senado aprovou nesta terça-feira (16) o projeto de lei (PLC) 116, que define o novo marco regulatório para o serviço de TV por assinatura no país.

De acordo com o projeto, as empresas de telecomunicações poderão passar a transmitir conteúdos de TV a cabo. Essa possibilidade vinha sendo defendida, entre outros, pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

O texto também estabelece a exigência de que os canais fechados incluam, em suas programações, espaços mínimos para produções locais, regionais e nacionais.

Parlamentares da oposição criticaram o projeto. O líder do PSDB no Paraná, senador Álvaro Dias, disse que o texto atribui à Ancine (Agência Nacional do Cinema) prerrogativas de agência reguladora do setor, o que apontaria a intenção do governo em censurar os conteúdos da TV paga.

"O projeto passa a permitir que a Ancine autorize ou não a programação de um canal de TV paga, defina qual é o seu horário nobre, podendo caçar, banir esse canal de ser veiculado. Portanto são poderes exorbitantes", declarou.

O líder do Democratas de Goiás, senador Demóstenes Torres, disse que seu partido pretende questionar na Justiça o conteúdo do projeto.

"Nós vamos questionar no STF tudo isso que consideramos censura, xenofobia, agressão à constituição, essa quantidade enorme de artigos inconstitucionais que colocaram dentro dessa lei", disse.

Mas o relator da matéria, senador Valter Pinheiro (PT-BA), negou qualquer intenção do texto em censurar conteúdos televisivos, e defendeu a sua aprovação.

"Não se trata de regulação cultural. É sim, na prática, um aspecto da regulação econômica com o objetivo inclusive de ampliar a concorrência, a diversidade da oferta", defendeu.

Apesar dos protestos da oposição, o projeto segue direto para a sanção da Presidente da República.


O princípio básico da nova lei do cabo é saudável e simples:


Quem distribui (telefônica) não produz conteúdo (Globo).

Quem produz conteúdo (Globo) não distribui (telefônica).

A lei transforma tudo em empresa de Comunicação.

Onde se encaixam também os provedores de acesso à internet (UOL).

Assim, teremos a seguinte situação, muito interessante.

A Globo vai ter que fechar o Globo.com e o G1.

Porque não pode distribuir e produzir conteúdo ao mesmo tempo.

O UOL – que sustenta os jenios da Folha (*) – também vai.

Porque ele ou é provedor de acesso ou de conteúdo.

E, na pág. B4, da mesma Folha, o Ministro Paulo Bernardo avisa que as telefônicas poderão dar acesso à internet, sem precisar de provedor.

Ou seja, o UOL perde do novo.

Duas vezes.

Os colonistas da Folha vão ficar impossíveis.

O projeto que o Senado aprovou vai à sanção da Presidenta.

Os filhos do Roberto Marinho e do seu Frias só têm uma saída.

Contratar o escritório do Dr. Sergio Bsrmudes e sua consultora, Elena Landau.

O Dr. Bermudes não perde uma !




Paulo Henrique Amorim

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