Enquanto se esforça para manter Orlando Silva no cargo, o PCdoB lamenta a morte do ditador líbio Muamar Kadafi. Fiel às origens stalinistas, a legenda sempre esteve ao lado do tirano -- que se dizia socialista. Uma ginástica argumentativa que transforma a defesa do indefensável ministro do Esporte em brincadeira infantil.
Para os integrantes do PCdoB, os levantes populares que deram início à derrubada de Kadafi foram um teatro. “É um crime do imperialismo e dos seus agentes na Líbia”, diz, em vídeo divulgado na página do partido, o secretário de Comunicação comunista, José Reinaldo Carvalho -- que aproveita para lamentar a morte de Saddam Hussein, Osama bin Laden (“o suposto autor dos atentados de 11 de setembro”) e do genocida sérvio Slobodan Milosevic.
“Muamar Kadafi será pelo tempo afora recordado como um herói pelos líbios que amam a independência e a liberdade. E também por muitos milhões de muçulmanos”, afirma outro texto divulgado pelo site da legenda. Protógenes Queiroz, deputado pelo PCdoB, também exaltou a figura do tirano: “A vitória foi dele. Ele guerreou até o final, ele nasceu guerreando e morreu guerreando”.
Aparentemente, Kadafi -- que financiou terroristas e trucidou opositores por quatro décadas -- era uma referência moral para os comunistas. Mais ou menos como Orlando Silva.
(*) Gabriel Castro é jornalista em Brasília. (Transcrito de Veja on line).
Nota do Postador –. Qualquer pessoa medianamente informada sabe, por exemplo, que o ditador Saddam Hussein mandava torturar, estuprar e matar os seus opositores, independente de serem crianças, mulheres ou velhos. Centenas de milhares de pessoas morreram como resultado dessas ações de Saddam, aí incluídos 40 pessoas da sua própria família. Não vamos nem nos deter nos genocídios praticados por Saddam – entre 1987-1988 – quando aquele sanguinário usou agentes químicos em ataques contra pelo menos 40 aldeias curdas. Somente na aldeia de Halabja os asseclas do ditador mataram aproximadamente 5.000 civis inocentes.
Quanto a Kadafi, este, por 42 anos, foi um déspota tirânico, uma figura psicótica e assassina mais próxima de outro genocida, Saddam Hussein. O excêntrico ditador líbio usou sua polícia secreta para torturas, assassinatos, estupros, sequestros, deportações, desaparecimentos forçados, sem detalhar os atos de terrorismo que promoveu, a exemplo da derrubada de um avião da extinta companhia aérea Pan Am que explodiu sobre a cidade escocesa de Lockerbie, na Escócia matando 259 civis inocentes. O próprio Kadafi admitiu ter ordenado a explosão desse avião.
E ainda existe quem defenda esses facínoras. Vade retro...
3 comentários:
Um exemplar do mal! Que não voltem outro no lugar!
Ppois é, Claude!
Kadafi era mais conhecido como “cachorro louco”, apelido que ganhou devido às barbaridades que fazia ao sofrido e humilhado povo líbio.
Aos poucos, os ditadores vão desaparecendo graças às revoltas populares e não por outra coisa.
Faltam dois encalacrados de certa ilha do Caribe. Mas, um dia, eles também cairão...
Kadaffi, responsável por milhares de assassinatos na Líbia. Quem se atrevesse a ir contra o seu poderio, um homem que tinha na conta pessoal BILHÕES DE DÓLARES, assim como os seus filhos, enquanto o povo vivia numa pobreza horrível.
Morreu o Sanguinário Cachorro, mas há muitos cachorros loucos que ainda precisam morrer.
O Diabo recebe mais um dos seus a essa altura...
BRAVO! Aos rebeldes da Líbia, COM OU SEM OTAN, que tiraram esse maldito ditador ( como todos os ditadores ) do poder.
Não existe ditadura boa.
Dihelson Mendonça
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