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domingo, 2 de agosto de 2009

O Curioso caso da Sinestesia e do Ouvido Absoluto - A Mistura dos Sentidos - Por: Dihelson Mendonça

A tabela de cores dos sons do grande músico Alexander Scriabin

Vendo o artigo logo abaixo, escrito pela Socorro Moreira, que falou bastante sobre o tema,, de uma reportagem no Fantástico da Rede Globo, mas não citou o nome do fenômeno, trago aqui algumas informações sobre essa curiosa mistura dos sentidos. Acontece muito com os músicos, e com quem possui ouvido absoluto, que é uma das formas de ouvir, tende a associar as notas musicais com a cores. Na verdade, eu particularmente, desenvolvi o ouvido a um grau elevado de percepção de altura ( frequência das notas ), que é bem diferente da sinestesia, mas tem uma enorme utilidade prática na minha profissão de músico.

Tudo se baseia na percepção do som como cores. Isso é abordado desde a antiguidade, mesmo sem associação à sinestesia propriamente dita, que é mais abrangente para outros sentidos. Essa "tabela" de cores e sons varia de pessoa para pessoa.

Por exemplo, eu acho que:

Do - É branco.
Re - Amarelo claro brilhante
Mi Bemol - Dourado - por associação, é uma tonalidade nobre
Fá - É cinza
Sol - Vermelho vivo.
Fá sustenido - é outro tipo de vermelho
Lá - Azul
Si - Verde - Si menor, por exemplo, é um verde claro, mas um tom muito triste, embora não tenha a cor relação alguma com o sentimento por ela provocado.
Lá Bemol - é outro som nobre, só que chama atenção, e sugere energia. Parece assim com o Vinho, ou Magenta.
Dó menor - é um dos tons mais tristes que existem, só perde para o si menor.
Do sustenido menor não é triste, é terno e a tonalidade mais perfeita alinhada ao sentimento.
Mi - é uma nota laranja.
Si bemol - é uma nota de grande destaque, cor vinho.

Já a sinestesia, é a capacidade de mistura dos sentidos mesmo. Acredita-se que o cérebro use vias comuns para as mesmas sensações, por isso, são percebidas como algo semelhante. Segundo uma pesquisa que realizei:

A SINESTESIA:

Dá-se o nome de sinestesia ao fenômeno de contaminação dos sentidos, ou seja, a confusão neurológica que provoca a percepção de mais de um sentido de uma só vez, essa pode ser visual, olfativa, tátil ou auditiva. Muitas pessoas acreditam que a sinestesia é uma doença, mas não é. É um fenômeno sensorial que ocorre por meio da memória e pelo excesso da criatividade.

A primeira pessoa a falar sobre tal fenômeno foi John Locke em 1690, quando relatou sobre um intelectual cego que refletiu sobre coisas visíveis e percebeu o que era a cor vermelha por meio do som de uma trompa. O primeiro caso registrado na medicina foi em 1922 com uma criança de quase quatro anos.

De forma descontrolada, a sinestesia se manifesta a qualquer momento, por exemplo, ler uma determinada palavra e sentir o gosto de um doce, ou escrever uma letra e relacioná-la com a cor verde... Curiosamente a maioria dos sinestésicos é canhota e tem problemas em distinguir lado direito com lado esquerdo.

A sinestesia pode ser diagnosticada por meio do Teste da Genuidade, TG, que avalia periodicamente a relação entre os estímulos recebidos e a reação para tais. O teste é feito com um grande quadro branco e preto com vários números iguais e espalhados, porém coloca-se poucos números diferentes sobre o mesmo. Tais números diferentes são facilmente percebidos pelos sinestésicos, pois os mesmos detectam esses por meio da diferença entre a coloração. Cada número possui sua coloração específica podendo ser identificado rapidamente. Fonte de pesquisa do texto sobre sinestesia: Gabriela Cabral - Equipe Brasil Escola

Por: Dihelson Mendonça

Um comentário:

socorro moreira disse...

Dihelson,
Você matou a minha cuiosidade sobre o assunto.Muito interessante !
Quem vive das notas , vive em cores e sabores !


Abraços.