Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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sexta-feira, 21 de agosto de 2009

"Senhora do Destino" - Por Socorro Moreira - para minha amiga Edilma Rocha


Eu não sei por que choro tanto , no último capítulo das novelas.
Parece que vivo em mim, cada final feliz – os meus e os dos filhos de Deus.
Avalio o preço que a gente paga por uma quota da felicidade. O instante do riso que fica. A dor que machucou, e o vento levou. O fim que se aproxima, abismal e luminoso ou um terrível silêncio, sem fim.
A música, os encontros amigos, as descobertas de um pensador, os versos extraídos da gente, que já estavam presentes, na dor de um autor. Será arte todo instante que traz uma novidade? Daqui a pouco estarei no calor da tarde, preparando o lanche da casa. Emoções em dias com as lágrimas, e a mesma vontade de repetir com outra visão, a mesma história de vida.
O tédio da rotina é a paz que buscamos. A felicidade perdida é o sorriso que achamos, na novidade do dia a dia.



*Foto do acervo de Edilma Rocha.

Um comentário:

Edilma disse...

FINAL DE NOVELA - Por EDILMA ROCHA - para minha amiga SOCORRO MOREIRA.

Não existem mais lágrimas...
Já se foram todas na despedida de um pedaço de mim...
Vivo no consolo da lembrança e no amparo de três que ainda estão aqui...
O preço é alto demais e a cobrança mais ainda.O luxo não trás felicidade e muitas vezes somos respeitados pelo que temos e não pelo que somos. Por trás do riso se esconde uma dor enorme e como no circo o palhaço precisa representar apesar de tudo...
Até parece que a dor passou mais é somente um engano aos olhos alheios. Essa dor escondida pela alegria gritante nada passa de um engano qualquer...
Sim, o final vai chegando devagar e matando a luz, a energia, a vontade de viver assim...
O vento não consegiu levar a dor com ele e a qualquer pequena brisa arde em chamas outra vez.
Essa música, esses amigos e as descobertas vão extraindo forças para continuar. Por mais que invente arte o autor reflete a cada pincelada o seu escondido ego.
E a vida continua com suas coisas banais na rotina de mais um dia que começa.
Vontade de recomeçar ? Já se foi no tempo... Agora é viver o que se deixou levar e construir, assumindo a responsabilidade dos próprios êrros. Viver pelos que precisam de nós e sorrir mesmo com o coração sangrando. A felicidade se perdeu no tempo que poderia ser difente e não foi...
A paz não encontrarei por aqui. Em algum lugar estará, só não sei se ainda vou encontra-la...
O sorriso vai continuar estampado no meu rosto e só perceberão a verdade quem realmente me conhecer...
Final de mais uma novela !