Pediste-me um poema.
Eu bem que tentei...
Tentei enaltecer-te em versos... Tentei, mas para tanto teria que transcender os limites da inspiração e da própria poesia!
Tentei, ousadamente, sublimar-te com um soneto... Compliquei-me mais ainda, pois, na mediocridade dos 14 versos, havia mais quartetos do que tercetos!
Tentei, achando que ia arrasar, um misto de poemeto, haikay e poetrix... No que deu? ... Virei prato cheio para os críticos!
Tentei rimar-te por inteiro... Como, se tuas curvas, silhuetas, dotes e grandezas pessoais já são rimas perfeitas e naturais.
Pediste-me uma canção.
Eu bem que tentei...
Tentei compor uma balada, suave como a tua voz... Esqueci que não sou Elvis nem Deus!
Tentei outros ritmos: tango, valsa, bolero e até rock... Olha, foi um desastre!
Tentei solos, paródias e versões... O destoamento, a falta de originalidade e a pobreza melódica foram gritantes!
Tentei a melhor voz... Quer saber mesmo? Ela, como se esperava, desafinou.
Pediste-me que te pintasse.
Eu bem que tentei...
Tentei delinear o teu melhor ângulo. Mas qual? ...Se todos são traços perfeitos!
Tentei pintar o brilho do teu cabelo... Percebi, frustrado, que seria mais fácil aquarelar o fulgor dos astros do céu.
Tentei pincelar o teu olhar... Pela pretensão fui repreendido pela mãe arte!
Tentei não tremer as mãos ao rabiscar tuas curvas... Inútil, tremi e derrapei em todas elas!
Pediste-me mais delicadeza, pureza e romantismo.
Eu bem que tentei...
Tentei te mimar com flores, presentes e relíquias... Porém, dado o significado do meu amor e a tua magnitude de mulher, precisei de valores maiores e melhores!
Tentei até uma oração para ti, mas só Deus sabe o quanto não sei rezar.
Tentei ser fino, delicado, perceptivo... Coisas de um “Gentleman”... Para isso não teve jeito, sou um eterno grosso!
Tentei, em detrimento do que sou, ser mais sensível, imaginativo e lírico... No entanto tem sido humanamente impossível fugir do meu padrão de homem comum e sem talento!
Pediste-me, por fim, mais vida e mais emoção.
Eu bem que tentei...
Tentei dar risadas, gargalhadas soltas e descontrair os meus gestos, mas tímido sou, sempre fui!
Tentei jeitos, trejeitos e caras e bocas... Huum... Senti-me ridículo!
Tentei dançar, pular, cantar, conversar, interagir... Haja artificialidade!
Tentei... Puxa, amor, juro que tentei o que eu imaginei e o que eu, inconscientemente, nunca pensei em imaginar!
Olha, paixão, tu bem sabes que eu tentei de tudo para te fazer feliz,
mas apenas uma coisa eu consegui:
Amar-te...
Muito amar-te...
E amar-te demais!
Roberto Jamacaru de Aquino
Eu bem que tentei...
Tentei enaltecer-te em versos... Tentei, mas para tanto teria que transcender os limites da inspiração e da própria poesia!
Tentei, ousadamente, sublimar-te com um soneto... Compliquei-me mais ainda, pois, na mediocridade dos 14 versos, havia mais quartetos do que tercetos!
Tentei, achando que ia arrasar, um misto de poemeto, haikay e poetrix... No que deu? ... Virei prato cheio para os críticos!
Tentei rimar-te por inteiro... Como, se tuas curvas, silhuetas, dotes e grandezas pessoais já são rimas perfeitas e naturais.
Pediste-me uma canção.
Eu bem que tentei...
Tentei compor uma balada, suave como a tua voz... Esqueci que não sou Elvis nem Deus!
Tentei outros ritmos: tango, valsa, bolero e até rock... Olha, foi um desastre!
Tentei solos, paródias e versões... O destoamento, a falta de originalidade e a pobreza melódica foram gritantes!
Tentei a melhor voz... Quer saber mesmo? Ela, como se esperava, desafinou.
Pediste-me que te pintasse.
Eu bem que tentei...
Tentei delinear o teu melhor ângulo. Mas qual? ...Se todos são traços perfeitos!
Tentei pintar o brilho do teu cabelo... Percebi, frustrado, que seria mais fácil aquarelar o fulgor dos astros do céu.
Tentei pincelar o teu olhar... Pela pretensão fui repreendido pela mãe arte!
Tentei não tremer as mãos ao rabiscar tuas curvas... Inútil, tremi e derrapei em todas elas!
Pediste-me mais delicadeza, pureza e romantismo.
Eu bem que tentei...
Tentei te mimar com flores, presentes e relíquias... Porém, dado o significado do meu amor e a tua magnitude de mulher, precisei de valores maiores e melhores!
Tentei até uma oração para ti, mas só Deus sabe o quanto não sei rezar.
Tentei ser fino, delicado, perceptivo... Coisas de um “Gentleman”... Para isso não teve jeito, sou um eterno grosso!
Tentei, em detrimento do que sou, ser mais sensível, imaginativo e lírico... No entanto tem sido humanamente impossível fugir do meu padrão de homem comum e sem talento!
Pediste-me, por fim, mais vida e mais emoção.
Eu bem que tentei...
Tentei dar risadas, gargalhadas soltas e descontrair os meus gestos, mas tímido sou, sempre fui!
Tentei jeitos, trejeitos e caras e bocas... Huum... Senti-me ridículo!
Tentei dançar, pular, cantar, conversar, interagir... Haja artificialidade!
Tentei... Puxa, amor, juro que tentei o que eu imaginei e o que eu, inconscientemente, nunca pensei em imaginar!
Olha, paixão, tu bem sabes que eu tentei de tudo para te fazer feliz,
mas apenas uma coisa eu consegui:
Amar-te...
Muito amar-te...
E amar-te demais!
Roberto Jamacaru de Aquino
3 comentários:
Uma tntativa de amor efetivada , em todos os sentidos !
Lindo demais, Roberto !
Ei, Socorro
Dado sua sensibilidade artística, um comentário seu tem que ser lido degustando-se palavra por palavra...Bem devagazinho!
É assim que eu faço.
Obrigado, amiga.
Roberto Jamacaru
Sem palavras a altura para elogiar...simplesmente perfeito .!
Parabéns *-*
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