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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Mitologia Grega - Os amores de Apolo - Por : Stela Siebra Brito

Era uma vez um deus da mitologia grega, bonito e luminoso, mas infeliz nas aventuras amorosas.
Será que foi Afrodite que o condenou às desventuras no amor porque ele, anunciando o dia com sua luz, mostrou-a em pleno leito de amor com o amante Ares?
Esse deus grego é Apolo, de quem agora passo a narrar as aventuras e desventuras amorosas.

Deus da luz, vencedor das forças ctônias, o filho de Zeus e Leto é o Brilhante, o sol. Apolo é alto, majestoso e tem a face radiante de beleza. Mas, mesmo com tanta luz e formosura, Apolo, que teve inúmeras ligações com musas, ninfas e simples mortais, jamais encontra segurança e felicidade nas relações amorosas.

Dafne: o Loureiro consagrado a Apolo

Ainda não existia o loureiro; Apolo não conhecia Dafne. Cingia a bela fronte e cabelos com as folhas de qualquer árvore, até que conhece a ninfa. Este seu primeiro amor foi insuflado por vingança de Eros. Apolo havia zombado de suas flechas, considerando-as apenas brincadeira. Porém, o filho de Afrodite tinha em seu poder as flechas da atração e da repulsa. Atinge Apolo com a flecha do amor e Dafne com a da aversão e repulsa.
Apolo se apaixona e, Dafne, foge desse amor, não se sensibiliza com os súplicas amorosas do deus solar. E mesmo sendo Apolo o inventor da medicina, um curador que tem todos as plantas à sua disposição, não encontra erva capaz de curá-lo desse amor tão devassador. A ninfa não o deseja e foge amedrontada. Apolo a persegue e observa o vento a desnudar-lhe o corpo agitando suas vestes e a jogar-lhes os cabelos para trás. A fuga a deixa mais bela. O deus está cheio de esperanças e quando levado pelas asas do amor, roça-lhe as madeixas espalhadas sobre o pescoço esguio, ela exaurida pede socorro às águas do rio Peneu, seu pai: “Ajuda-me meu pai. Se vós, os rios, tendes um poder divino, transforma-me e destrói esta beleza que faz com que eu atraia demais”. E de imediato a ninfa é metamorfoseada em árvore: o loureiro. Não restava nada de Dafne, a não ser a formosura.
Apolo abraçando o loureiro, declara seu amor eterno: “serás a árvore a mim consagrada. Meus cabelos, minha lira, minha aljava sempre ostentarão o louro”.

Poetas, Músicos e Cantores: Filhos das Musas

As musas também foram objeto do desejo e das aventuras de Apolo. Amou Talia e dessa união nasceram os Coribantes; com Urânia gerou o músico Lino e da sua relação com Calíope nasceu Orfeu: músico, poeta e exímio cantor.


Corônis e outros Amores

É da sua união com a ninfa Corônis que nasce Asclépio, primoroso nas artes da medicina. A ninfa, ainda grávida, temendo que o deus – por ser eternamente jovem – a abandonasse na velhice, uniu-se a Isquis. Também Marpessa teme a imortalidade de Apolo e escolho Idas por esposo.
Quando enamorou-se de Cassandra, concedeu-lhe o dom da profecia, mas a jovem recusou-se a entregar-se ao deus. Este cospe-lhe na boca, tirando-lhe a credibilidade. Embora profetizasse a verdade, ninguém acreditava no que dizia. Amou a advinha Manto, filha de Tirésias, e teve paixão violenta pela bela ateniense Creúsa.
E mais e mais amou Apolo, com vitórias e fracassos.

Jacinto: Adolescente transformado em Flor

Desventuroso também foi seu amor por Jacinto, adolescente de rara beleza, a quem o deus amou ternamente. Estavam uma tarde numa competição, quando um disco arremessado por Apolo é desviado pelo ciumento vento Zéfiro, que também amava Jacinto. O disco atinge a fronte do adolescente que tomba ao chão, mortalmente ferido. Apolo tenta todos os recursos da sua arte curativa para trazer de volta o jovem que tanta ama. Os esforços são inúteis. O deus então, o transforma em flor. E do sangue espalhado na relva nasce uma flor brilhante e purpúrea: o Jacinto. É a homenagem de amor de Apolo.
Para Zeus – supremo senhor dos deuses e dos mortais – já era tempo de Apolo ter restabelecido todos seus direitos divinos e voltar ao Olimpo.
E assim, reconquistando todos os seus atributos, Apolo foi designado para espalhar a luz no mundo.

Stela Siebra Brito

Um comentário:

socorro moreira disse...

Eu a do ro Mitologia ! Não me cansa . Adoro desde criança !

Valeu, estrela!