"Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos. Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura na superfície intata."
(Carlos Drummond de Andrade)
ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS
... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc
FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS
Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
..................... claude_bloc@hotmail.com
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Garimpando versos, no dia do poeta - Foto Desafio; por Claude Bloc
Observe a foto, inspire-se e diga o que sente ao vê-la...
Tenho memória fotográfica Sinto saudades dos buracos, e das sombras das árvores Sinto a solidão das minhas mãos nas andanças solitárias Antigas ccompanhias criaram asas voaram da rua, e de mim Mas a rua permanece Mesmo com outras casas Tem a mesma posição quando a confiro com o céu... Não consigo andar distraída... Meu olhar rebusca , e acha as almas das muriçocas, de vidas tão rejeitadas e breves Cadê a moça da janela ? Cadê o assobio do leiteiro? O grito do verdureiro? Tudo gravado , nos ares, que eu ainda respiro. Rua , ruas, És as nossas passarelas !
Eu sinto paz ao observar essa rua tranquila,a noite.Sabendo que em cada casa moram pessoas que sonham,amam,desamam,riem,choram... Enfim vivem histórias diferentes. Percebo também calmaria,sossego. Dá vontade de puxar uma cadeira e sentar numa daquelas calçadas.
É noite profunda, nas ruas de pedras, entrecortadas de ventos uivantes e, vêzes por outras,por longos e sonoros apitos, de um vigilante sonolento. E seus moradores, antes barulhentos, dormem e sonham , seus amores e ansiedades...
"As almas das muriçocas" Desfilam nas passarelas E na calada da noite Vem o cicio das querelas O vento do Aracati Passa todo dia ali Invadindo as janelas
6 comentários:
Rua Tranquila, casas de portas e janelas, abrigando muitas histórias insondáveis de quem moram nelas.
Maria Amélia Castro
Tenho memória fotográfica
Sinto saudades dos buracos,
e das sombras das árvores
Sinto a solidão das minhas mãos
nas andanças solitárias
Antigas ccompanhias
criaram asas
voaram da rua, e de mim
Mas a rua permanece
Mesmo com outras casas
Tem a mesma posição
quando a confiro com o céu...
Não consigo andar distraída...
Meu olhar rebusca , e acha
as almas das muriçocas,
de vidas tão rejeitadas e breves
Cadê a moça da janela ?
Cadê o assobio do leiteiro?
O grito do verdureiro?
Tudo gravado , nos ares,
que eu ainda respiro.
Rua , ruas,
És as nossas passarelas !
Eu sinto paz ao observar essa rua tranquila,a noite.Sabendo que em cada casa moram pessoas que sonham,amam,desamam,riem,choram...
Enfim vivem histórias diferentes.
Percebo também calmaria,sossego.
Dá vontade de puxar uma cadeira e sentar numa daquelas calçadas.
Liduina Belchior Vilar.
É noite profunda, nas ruas de pedras,
entrecortadas de ventos uivantes e, vêzes por outras,por longos e sonoros apitos, de um vigilante sonolento.
E seus moradores, antes barulhentos, dormem e sonham ,
seus amores e ansiedades...
É madrugada ...
Na rua deserta
e mal iluminada
o silêncio.
“Lady Godiva” caminha.
No interior das casas
na escuridão
a cumplicidade dorme.
Mas por uma fresta da janela
O desejo espia.
"As almas das muriçocas"
Desfilam nas passarelas
E na calada da noite
Vem o cicio das querelas
O vento do Aracati
Passa todo dia ali
Invadindo as janelas
Ulisses Germano
Postar um comentário