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Oxigênio era um ar muito feliz, vivia andando rápido e satisfeito com a própria liberdade; mas depois de sonhar com meteoritos no céu, pensou: - Estou com inveja dos meteoritos, pois vivem andando no infinito universo. Eu me sinto preso à Terra, que é pequena demais para mim; sinto-me numa prisão.
.Logo, o ar tentava sair da Terra para viajar pelo universo. Tentou diversas vezes, mas não conseguia. Subia, subia e não conseguia superar a gravidade. Frustrado e deprimido por não ter conseguido, sentia-se um pássaro engaiolado, passando a vagar sem rumo, confuso, parecendo um ser sem alma. Às vezes, ficava muitos dias, deitado na areia, lamentando e chorando.
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Numa das raras vezes que se movimentou, encontrou o Tempo. - Tempo, você me deixa ficar no teu colo? - perguntou baixinho.
- Eu deixo, mas por um tempo. Acorda! senão a felicidade não vai te pegar. - No instante em que se deitou no colo, logo, se levantou, por causa daquele sermão. E continuou triste, sentindo-se um prisioneiro.
E no mesmo dia em que tinha encontrado o Tempo, encontrou um moinho que falou: - Que pena você estar tão triste e lerdo. Eu queria tanto que você passasse correndo perto de mim. Antes, quando você passava perto de mim, arrancava meu sorriso e me refrescava com seu corpo. Quando você está rápido, movimenta-me; fico girando, rindo à toa. Por que você está assim?
- Obrigado pelas palavras. Vou andar mais rápido. Tchau!
Apesar de continuar abatido, passou a andar bem rápido, e acabou entrando em um pequeno furo de um caixote que tinha uma gaiola que prendia uma ave que, ofegante, gemia: - Quero ar, quero ar.
- Canto para alimentar minha alma. Apesar de eu estar presa, inspiro gente a não prender animais. Olha... quando parte de você se prendia a mim, libertava Gás Carbônico.
Ruilendis
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