Quem viu a lâmina sobre a carne?
Quem viu o tiro no coração sombrio?
Quem viu a lágrima do meu olhar que arde?
Quem viu-me no terror da noite densa?
Quem viu-me no prado a sangrar sozinho?
Quem viu a queda das torres das crenças?
Quem viu as mãos calejadas por mil espinhos?
Ah senhores que o viço brinca ainda pela vida
Que os clarins que cantem o teu porvir
Vos alertem das chagas e feridas
Que a galope ainda estão por vir
Que a vida que viverão seja curtida
Sob o sol da verdade a reluzir
Foto: Vitor Reinecke
2 comentários:
A dor é inevitável. A ferida fecha- são tatuagens .
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