Ontem tivemos uma noite festiva, na casa de Zélia. Era o aniversário de Derek, seu filho caçula. Fugi antes do fim pelos abusos, nos quitutes. Esse povo devia não convidar diabéticos pras festas noturnas. Bastava o som do Waldick, que rolou em toda altura. Sim, aquele produzido pela Patrícia Pillar, que fez sucesso, e foi tão apreciado pela crítica.
A turma era quase sexagenária, claro! Mas depois chegaria a meninada.
Rosineide logo lembrou: vixe Maria é a cara da festa da padroeira do Crato.
“De alguém para alguém com muito amor e carinho”:
Minha querida,
Saudações...
E a gente que nunca comprara um vinil do Waldick jurou que nunca o negaceamos. A gente gostava, e aprendia todas as suas músicas, que até nos faziam chorar de emoção.
Depois foi a vez de Ray Conniff. Imaginem se a gente não dançou um bolero com brecadas, e olhos fechados? Foi uma noite muito leve. Essas repetições de encontros se amiúdam... É festa, em cima de festa!
Coincidentemente hoje é o dia dos Correios. Correios lembram carteiro, e carteiro lembra amor distante.
Pois é, a gente namorava anos por correspondência, esperando terminar os estudos, e realizar o sonho do casamento.
Sou das impacientes. E, como o apressado come cru, não casei por tempo de namoro, infelizmente!
Esses casamentos que aconteciam da noite pro dia, pouco tempo duraram. Não agüentaram a missa em latim de todos os dias.
Nos tempos de agora, existem outras formas de amor, na virtualidade. Também os acho pacientes demais para o meu gosto. Não tenho perfil!
Ainda bem que o coração com o tempo se aquieta. Mas sente saudades das festas amorosas, que neles se faziam. Hoje, dentro do meu tem sereno e rosas!
Socorro Moeira
Um comentário:
Amiga,
Que maravilha !
Quem passou pela vida e não dançou ao som de Ray Connif, não viveu.
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