Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Amor, além da Eternidade - Rosa Guerrera


Elizabeth Barret nascida em Durham, autora de obras poéticas de grande sensibilidade na literatura inglesa, (provavelmente decorrente de sua frágil saúde e temperamento arredio),. viveu sua infância numa casa de campo, em Worcestershire quando aos 15 anos contraiu grave doença da qual nunca se recuperou por completo. Mudou-se para Londres (1836), onde publicou seu primeiro volume de poesias, The Seraphim and Other Poems (1838), porém sua consagração como poeta veio definitivamente com a segunda coletânea de poesias, Poems (1844). Casou em 1846 com o também o poeta Robert Browning, apesar da oposição da família... proibição motivada por ser ..Robert ao contrário da vida isolada de Elizabeth, um rapaz que de vasta cultura participava então do mundo distinto da época. Amante também da poesia , Robert após ler as obras de Elizabeth começou a amá-la , escrevendo-lhe cartas e fazendo versos , mesmo sem conhece-la pessoalmente.Seduzido pelos escritos da jovem , enamorou-se perdidamente por Elizabeth , que através de versos correspondia aquele inexplicável amor.Um dia , finalmente se encontraram e entenderam a beleza do amor que os enlaçava .Fugiram e se casaram na Itália sem que nunca abandonassem o elo que um dia os apresentou :a poesia.. Todos os poemas que escreveram mesmo depois de casados , retratavam o grande amor que os acompanhou até a morte .Entre os inúmeros escritos de Elizabeth Browning ,na minha opinião se destaca esses versos que ora transcrevo: ... "Amo-te quanto em largo, alto e profundo/Minh'alma alcança quando, transportada,/Sente, alongando os olhos deste mundo,/Os fins do Ser, a Graça entressonhada./Amo-te em cada dia, hora e segundo:/A luz do sol, na noite sossegada./E é tão pura a paixão de que me inundo/Quanto o pudor dos que não pedem nada./Amo-te com o doer das velhas penas;/Com sorrisos, com lágrimas de prece,/E a fé da minha infância, ingênua e forte./Amo-te até nas coisas mais pequenas./Por toda a vida. E, assim Deus o quisesse,/Ainda mais te amarei depois da morte." Esse poema foi escrito por Elizabeth poucos dias antes de morrer , e entregue ao marido como prova maior do grande amor que os uniu .Elizabeth morreu em Florença nos braços de Robert, que traduziu a sua dor numa única frase : "Sempre sorrindo e com uma expressão de felicidade no seu rosto de menina, faleceu, em poucos minutos, com a cabeça apoiada na minha face". Esse amor não é nem foi um conto de fadas .Ele foi único, inalterável, verdadeiro, que vencendo as barreiras de uma época jamais se desgastou, mas que permanece até hoje nos versos poéticos escritos e vividos por dois corações que nunca se separaram.: Robert e Elizabeth Browning !

por rosa guerrera

Um comentário:

socorro moreira disse...

Os amores românticos me comovem. Quisera tê-los !
Ou tê-lo ...Bilateralmente.