Sinto, mas não quero bebida.
Esfriar os dedos segurando um copo.
Também não quero fuligem nos lábios
tampouco queimar meu nariz beduíno.
É chegada a hora da lucidez
vasculhar minhas gavetas
queimar todos os papéis.
Cansei de tapar os poros
com cal e barro.
A ponte faz tempo
espera meus passos
sobre as tábuas soltas.
Quem sabe eu despenque.
Plante orquídeas nas nuvens.
Nenhum comentário:
Postar um comentário