Roland Barthes (nasceu dia 12 de novembro de 1915, em Cherbourg, Normandia - faleceu dia 23 de março de 1980, em Paris, França). Escritor, sociólogo, crítico literário, semiólogo e filósofo francês.
...... Trecho de uma resenha sobre o livro "O Prazer do Texto"......
Muitos escritores ainda poderão tentar encontrar uma “tese” para o prazer de um texto, mas como Barthes afirma, “sobre o prazer do texto, nenhuma tese é possível; apenas uma inspeção (uma introspecção) que acaba depressa”. O prazer do texto assim nos parece algo intangível, transcendental, como algo que paira sobre determinado texto; e o autor ao referir-se a texto, não fala apenas sobre textos escritos, fala de arte, também de pintura, música ou escultura. O autor se posiciona de forma inteligente para os dois lados de um texto: o lado do escritor e o lado do leitor. Mas o mais interessante é que quando estamos lendo o livro, parece até mesmo que o autor nos leva a um terceiro mundo, um terceiro universo existente no texto. Passamos a crer na existência de, não dois, porém três lados em um texto: o escritor, o leitor e o prazer.
Em um escrito caleidoscópico, parecendo ser quase um bloco de anotações, Barthes analisa o prazer sensual do texto para quem lê ou escreve. Marquês de Sade é citado com certa freqüência ao longo do livro, assim como alguns outros ícones da literatura universal.
“O prazer do texto”, de Barthes, por ser considerada a obra mais importante deste autor, é importantíssima para pessoas que realmente buscam, estudam ou simplesmente, interessam-se por o que há de sublime, sensual, sentimental e profundo, em obras de arte. Ao ler este livro adquiri-se uma vasta bagagem cultural, pela bela forma com que Barthes posiciona e relaciona seus pensamentos diante de textos e trechos confusos e até mesmo bizarros. O autor consegue arrancar sentimentos e também consegue enxergar o prazer do texto onde muitos de nós passamos pisoteando por cima.
********
......... Frases de Roland Barthes ............
"Toda a recusa duma linguagem é uma morte".
"A literatura não permite caminhar, mas permite respirar."
"A linguagem é como uma pele: com ela eu entre em contato com os outros."
"A ciência é grosseira, a vida é sutil, e é para corrigir essa distância que a literatura nos "importa."
Nenhum comentário:
Postar um comentário