Meus olhos se voltaram para a luz... Vai, vai e voa! Voa rápido! mas... o silêncio tomou conta do lugar. E então essa luz, não era ela a saída? Não soube atinar. Ela estava fora de meu campo visual, mas sobrevoei com aquela luz os retratos, todos tão bem organizados, vivos. Um homem me olhava na foto e uma mulher pousava seus olhos no infinito... Era a lembrança eterna de um abraço. E quem disse que as lembranças não são vivas?
A luz pousou levemente sobre a beira de uma xícara. Meu batom ainda degustava o café gostoso e forte. No fundo de um copo, os restos de açúcar e chocolate no que sobrou do leite gelado. Doce. Doce vida.
Reflexos pelas paredes,pareciam uma infinidade de olhos seguindo a noite. Olhos que me viam, que me seguiam e me encurralavam no par de asas onde me escondia... Bati as asas rumo à segurança livrando-me dos maus sonhos, e da desordem dos livros espalhados sobre a escrivaninha; observei um deles aberto, com a caneta ao lado... Para onde fugiu minha imaginação?
No papel escurecido pelas sombras descansei minhas mãos, a caneta não tinha tinta.
Minhas asas de repente começaram a bater novamente, a janela estava aberta. Enfim a saída! Enfim a verdadeira luz. Saí, rumo a sabe-se lá onde.
Minhas asas de repente começaram a bater novamente, a janela estava aberta. Enfim a saída! Enfim a verdadeira luz. Saí, rumo a sabe-se lá onde.
.... Texto por Claude Bloc ....
Um comentário:
Claude,
Gostei do seu texto. Você está muito inspirada!
Abraços
Magali
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