Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Na Semana da Música ... "O Karaokê "


História do Karaokê

O Karaokê é originário do Japão. Nasceu na cidade de Kobe. Em 1970, um fã do cantor japonês Inoue Daisuki pediu que ele o acompanhasse durante uma viagem empresarial e tocasse numa festa. Por estar muito ocupado, Inoue decidiu criar uma máquina que tocasse automaticamente as músicas de uma fita cassete gravada. O músico não patenteou a idéia, deixando de lucrar muito com as máquinas de karaokê, que rapidamente foram copiadas por diversas empresas – mas continuou no ramo, inventando até pesticida contra pragas que destroem máquinas de karaokê.
A palavra Karaokê (カラオケ) é formada pelas palavras kara (空, “vazia”) que vem de karappo, e ōkesutora (オーケストラ, “orquestra”), significando, portanto, “orquestra vazia”.Entre as inovações tecnológicas atuais como o vídeo-laser, o CD, etc, surgiu também o aparelho Karaoke-Player que rapidamente invadiu os lares do Japão e tornou-se um dos entretenimentos mais populares e, agora, difundido em todo o mundo.
A música japonesa surgiu no Brasil com a chegada dos primeiros imigrantes, os quais, com o natural gosto pelo canto. A grande variedade de músicas, provenientes das distintas regiões de origem dos imigrantes colaborava para minorar a saudade da pátria-mãe, envolvendo a todos das comunidades, bem como aos brasileiros convidados. Embora uma enorme distância, quase 18.000 quilômetros separe o Japão do Brasil, a música, especialmente o “Karaokê” tem o poder de eliminar a distância física, mas também a histórica e a cultural.
A música era ouvida nas festividades da colônia nipo-brasileira, nos galpões dos líderes comunitários ou até mesmo informalmente, nas canções de ninar. Mas, havia uma grande dificuldade a ser superada: o som, a obtenção de um áudio, devido às limitações técnicas da época e ao custo, impraticável para os imigrantes. Mas o amor à música superou isto, improvisando-se o som com a marcação do ritmo com as palmas das mãos, único acompanhamento do cantor e, posteriormente, com instrumentos musicais improvisados. O gosto pelo canto fez o “Karaokê” disseminar-se rapidamente, com seus diversos gêneros a organizar-se.
A primeira gravação de música japonesa no Brasil, embora amadora, veio a ocorrer somente em 1946, no pós- guerra com o surgimento de conjuntos amadores que, em 1946 gravaram pela primeira vez números originais e melodias populares japonesas.
Mas o evento que marcou época foi o NODO-JIMAN (nodo significa garganta ou a voz que canta e jiman, orgulho portanto, nodo jiman pode ser traduzido como orgulho de cantar). Na prática, o NODO-JIMAN era uma variante do conhecido show de calouros, onde populares tentavam tornar-se astros durante o breve tempo de apresentação.
Gradualmente, os cantores passaram a preferir o acompanhamento mecânico, de melhor qualidade às “orquestras humanas” de baixa qualidade. Além disso, a gravação era geralmente meio ou um tom abaixo do original, facilitando cantores menos preparados.
A estrutura básica do mundo do “karaokê” pouco mudou desde a fase do nodo-jiman, exceto que com o playback, o sistema, com o passar do tempo, evoluiu tecnicamente, popularizou-se e sofisticou-se.
O “karaokê”, tal como conhecemos atualmente, surgiu nos anos 60 no Japão e nos EUA, com a aparelhagem eletrônica que começou a surgir, inicialmente as junke box e posteriormente, com a natural evolução tecnológica: a fita cassete, a fita de vídeo, depois o CD e atualmente o DVD, existindo inclusive aparelhos com músicas em áudio e microfone, o “karaokê” portátil.
A moderna tecnologia de áudio começou a ser introduzida no Brasil por volta de 1975 e em poucos anos, o “karaokê” tornou-se uma febre nacional, muito além da comunidade japonesa, com músicas de todas as nações e gêneros. A disseminação ocorreu pela praticidade, reduzido custo e o natural gosto de cantar dos japoneses, democratizando o ato de cantar e colaborando decisivamente para a divulgação da cultura musical japonesa. Atualmente, existem programas de computadores e sites inteiramente dedicados ao “karaokê”.
A grande popularização ocorrida nos anos 80, incentivou a realização dos primeiros concursos nas próprias comunidades e entre as mesmas, com uma crescente melhoria no padrão de qualidade dos eventos e dos cantores, surgindo associações específicas de “karaokê” (aikokais), crescendo o número de eventos realizados, com diferentes regras.
Neste cenário, surgiu em 1991, a União Paulista de Karaokê (UPK), agente propulsora da cultura musical, para coordenar estas atividades no Estado de São Paulo, a qual conta atualmente com 250 entidades filiadas e o extraordinário número de 10.000 cantores integrados nas mesmas, dedicados à prática do “karaokê”. Os concursos anuais organizados pela UPK, há 13 anos ininterruptamente, são uma grande tradição não apenas no estado de São Paulo, tendo repercussão nacional e até mesmo internacional, face às suas qualidades técnicas e organizacionais que os tornaram um padrão de qualidade neste tipo de evento.
Fontes
http://www.upk.org.br/internas.php?menu=1043&interna=12390
http://mobbrasil.wordpress.com/2009/10/27/a-origem-do-karaoke/