Hoje passei o dia no Juazeiro. Festa de aniversário com direito a todas as alegrias. Caio meu ficou mais velho. Tá virando um Senhor, e eu nem quero pensar muito nisso.
O fato é que no caminho lembrei as histórias de Carlos Esmeraldo, curti o companheiro sorriso de Magali, e pulei de trampolim para algumas das minhas lembranças. A primeira delas me fez voltar à infância. Não tínhamos transporte próprio, e usávamos os carros de aluguel, esporadicamente. Embora na praça já estivessem á disposição aero wills, fuscas, minha mãe só chamava, o Pedro Maia. O carro era lindíssimo para quem gosta de antiguidades, mas pra gente naquela idade era um carro caindo aos pedaços. O Pedro Maia por ser primo do meu pai, ganhava a simpatia da minha mãe, que nos dizia: “besteira... não quero que vocês se criem com respeito humano (nunca entendi... ou entendi?). Ela queria nos dizer , que a gente tinha que ter personalidade, e encarar as coisas sem nos preocupar com o que o mundo todo pensava ou fazia. Não deveríamos ter vergonha de fazer coisas lícitas, simples... Bom, eu e as minhas irmãs morríamos de vergonha de passear no tal carro. Um dia fomos esperar meu pai no aeroporto, vindo da Capital Federal (já era Brasília!), todo prosa, até de palito, tal e qual a situação sugeria. No caminho até chegar lá, por onde passávamos os meninos jogavam pedrinhas, e xingavam o carro velho. Nos acocorávamos pra que ninguém nos vissem. Quando meu pai chegou , olhou pra minha mãe com um riso de troça , e perguntou-lhe : Valda , e não tinha um carro mais novo”?
Bem feito pra Dona Valda... Ficou sem resposta.
Hoje eu daria tudo pra voltar àquele exato instante. Não só curtiria o carro daquela pessoa tão especial e amiga, como agradeceria à minha mãe a providencial escolha.
O fato é que no caminho lembrei as histórias de Carlos Esmeraldo, curti o companheiro sorriso de Magali, e pulei de trampolim para algumas das minhas lembranças. A primeira delas me fez voltar à infância. Não tínhamos transporte próprio, e usávamos os carros de aluguel, esporadicamente. Embora na praça já estivessem á disposição aero wills, fuscas, minha mãe só chamava, o Pedro Maia. O carro era lindíssimo para quem gosta de antiguidades, mas pra gente naquela idade era um carro caindo aos pedaços. O Pedro Maia por ser primo do meu pai, ganhava a simpatia da minha mãe, que nos dizia: “besteira... não quero que vocês se criem com respeito humano (nunca entendi... ou entendi?). Ela queria nos dizer , que a gente tinha que ter personalidade, e encarar as coisas sem nos preocupar com o que o mundo todo pensava ou fazia. Não deveríamos ter vergonha de fazer coisas lícitas, simples... Bom, eu e as minhas irmãs morríamos de vergonha de passear no tal carro. Um dia fomos esperar meu pai no aeroporto, vindo da Capital Federal (já era Brasília!), todo prosa, até de palito, tal e qual a situação sugeria. No caminho até chegar lá, por onde passávamos os meninos jogavam pedrinhas, e xingavam o carro velho. Nos acocorávamos pra que ninguém nos vissem. Quando meu pai chegou , olhou pra minha mãe com um riso de troça , e perguntou-lhe : Valda , e não tinha um carro mais novo”?
Bem feito pra Dona Valda... Ficou sem resposta.
Hoje eu daria tudo pra voltar àquele exato instante. Não só curtiria o carro daquela pessoa tão especial e amiga, como agradeceria à minha mãe a providencial escolha.
A gente precisa crescer para entender o valor de certas coisas!
Como fui idiota...!
E graças à minha mãe, eu hoje desfilo com uma sandália de griffe com a mesma naturalidade com que uso um chinelo de borracha... Aprendi !
socorro moreira
2 comentários:
Socorro
Agora foi que tive oportunidade de ler esse seu interessante texto. Dona Valdenora é uma mulher sábia, pois através dessa atitude, deu um grande exemplo de vida a vocês. Ela queria que vocês não tivessem preconceito nem com o carro e nem com o Seu Pedro Maia, que era um homem muito digno. Parabéns pelo artigo e obrigada por lembrar de mim e de Carlos.
Abraços
Magali
Socorro
Há muitos anos, eu soube de um castigo que um pai rigoroso impôs a uma filha adolescente namoradeira. Ir às aulas no Colégio Santa Tereza no carro de Pedro Maia durante um mês. Pedro Maia adorou o castigo. Quem terá sido essa moça?
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